Capítulo Especial - Dia dos Namorados?

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Quando o sol adentrou pela janela do meu quarto eu apenas cobri meu rosto com o travesseiro. Meu corpo doía, meu nariz parecia uma torneira de onde escorria secreção, minha garganta estava me incomodando, parecia que duas lixas haviam sido passadas nelas. As tosses viam com frequência e gosto de sangue inundava minha garganta.

Eu estava gripado. E eu odeio esse fato, por motivos bem óbvios. Eu fico péssimo doente, chego a emagrecer um quilo por dia, perco apetite e consequentemente fico horrível.

- Esse travesseiro na sua cara não vai ajudar você sabe não é Guilherme?

- Vai embora – resmunguei.

Outro detalhe eu sou um porre doente.

- Você acha mesmo que vou deixar você doente sozinho?

Sinto ele se sentar na cama.

- Não estou sozinho, meus pais cuidam de mim.

Ele suspira.

- Você é muito teimoso.

- Conte-me uma novidade. – retruquei.

- Ok, se não vai ser por bem vai ser por mal mesmo.

Tirei o travesseiro do meu rosto e olhei para Marxos que estava sem camisa no meu quarto e estava do lado da minha cama com os braços em direção ao meu corpo.

- Porque diabos esta em camisa? Melhor na minha casa e pior no meu quarto?

Ele ri.

- Outro já teria me atacado.

- Eu não outro Marxos, mas que diabos é isso. Você quer que meus pais me matem ou matem você?

Ele riu e se aproximou de mim. Seus braços estavam indo em direção ao meu tronco.

- Nem pense nisso Marxos!

- Ah não vou pensar, já estou fazendo.

Então ele me pega e me coloca no colo.

- PAI! – grito.

Ele ri, seus olhos me encaram e logo em seguida sua boca vem de encontro a minha, seus lábios se movimentam lentamente enquanto sua língua explora a minha boca, aos poucos me entrego a ele, apertando seu corpo contra o meu. Sinto meu corpo sendo abaixado, ele deita e me coloca sobre seu peito.

- Marrentinho. – diz em meio a um sorriso. – Quero te dar isso...

Ele puxa do bolso de sua bermuda uma pequena caixa azul aveludada, ele abre a mesma e no seu interior há um pequeno anel de prata que reluzia com  a luz que adentrava a janela.

- Feliz dia dos namorados.

- E quem disse que estamos namorando?

- Ah... Não estamos namorando. – disse ele com um sorriso no rosto estreitando os olhos.

-eu sabia onde aquilo iria acabar.

- Nem pense nisso Marxos!

Suas mãos foram de encontro a minha cintura em movimentos rápido. Comecei a rir descontroladamente.

- Não namoramos não é?

Ele repetia a frase em meio as cócegas, meu corpo estava se contorcendo na cama, as lagrimas já rolavam o meu rosto ate quando desisti e disse em meio as risadas.

- Sim, estamos namorando.

As mãos dele cessaram, o ar voltava devagar aos meus pulmões, eu estava cansado, enxugava as lagrimas que haviam rolado pelo meu rosto. Ele se aproximou de mim e me beijou os lábios me apertando contra o seu corpo.

- Você sabe que isso foi nojento não é?

Ele começou a rir.

- Você tem o dom para quebrar o clima amor.

- Eu estou doente e você me beija, secreções e todo o resto isso é nojento.

- Não me importo com isso...

- Que bonitinho... – digo em um tom meloso. – Se não fosse nojento. – reviro os olhos mudando o tom para sarcástico.

Aproximo-me dele e deito minha cabeça sobre o seu peito, suspiro fundo enquanto ele acaricia meu ombro.

- Feliz dia dos namorados.

Não consigo ver sua face, mas sei que ele esta com aquele largo sorriso no rosto. Na verdade eu começava a pensar no que aconteceu no Le Château ele não havia dito nada sobre o que aconteceu no banheiro e eu não sabia se deveria tocar no assunto. Na verdade eu não sabia se ele queria falar sobre aquilo.

Ele continuava o mesmo comigo, não havia mudado, mas ele não falou nada sobre nosso pequeno momento hot então por hora eu não falaria com ele sobre o assunto. Ele segurou minha mão e encaixou a aliança de prata em meu dedo, olhei para a mesma que reluzia com a luz do sol que vinha da janela.

- Você casaria comigo? – disse ele me tirando de meus devaneios.

Eu sou Gay - Livro I | Romance BLOnde histórias criam vida. Descubra agora