Eu sou Gay - Livro I | Romance BL

Capítulo 1 - O Começo de Tudo

Eu queria ser original e não começar essa estória de uma forma clichê. Mas sou o típico garoto de 19 anos que estuda na Elite University, ta eu admito isso não é nada típico. Sou bolsista e tenho uma boa aparência, eu acho.

Tenho um metro e oitenta, minha pele é alva, tenho cabelos ruivos e meus olhos são castanhos claros em um tom âmbar, cultivo uma barba que sem ela não me sinto eu mesmo. Faço engenharia e estou no terceiro período e me chamo Guilherme.

Apesar de ter meus 19 anos eu sou o  orgulho dos meus pais, mas a uma questão que eles não sabem ainda sobre mim. Porque eles não esperam isso de mim.

Eu sou gay.

E é aqui onde meus problemas começam.

Eu estava atrasado para a aula de calculo quando esbarro em alguém. Quando dou por mim estou no chão enquanto folhas voam no ar e vejo um homem caído a poucos centímetros de mim.

- Não enxerga por onde anda moleque? - esbravejou ele se levantando do chão.

E enquanto algumas folhas eram levadas pelo vento ele se foca no meu rosto e fica em silêncio. Parecia surpreso e eu com toda certeza estava vermelho de vergonha. Sempre fui desastrado. Se você acha Bella Swan um desastre é porque você não me conheceu ainda. Em um mês nesta cidade entrei debaixo de um caminhão porque minha bike estava sem freio. Fui atropelado, mas só sofri alguns arranhões. Rolei seis lances de escadas e passei três meses com um colar cervical algo e uma tala na minha perna esquerda e um gesso no braço direito. Eu praticamente sou a diversão da morte se é que me entende. Então um esbarrão era o menor dos meus acidentes.

- Me desculpe - consegui dizer enquanto juntava os papeis que podia.

- Tudo bem eu vinha distraído. - ele disse mais calmo enquanto pegava algumas folhas.

Olhei para ele e...

- Você não é um vampiro ne? Tipo Edward e talz?

- O que? - ele começou a rir.

Agora eu estava vermelho como um pimentão e sem me prolongar entrei a ele o emaranhado de folhas, me levantei o mais rápido que pude e sai dali correndo. Ate que novamente cai no chão.

- Ai - gritou a voz familiar.

- Desculpe. - olhei para a garota no chão com os livros esparramados - Sara. Hoje não é meu dia.

- E quando é? - ela retrucou se levantando do chão enquanto pegava seus livros.

- Já é a segunda vez hoje. - retruco.

- E quem foi à primeira vitima?

O sinal soou e entramos na sala, tomamos nossos lugares e o professor adentra a sala. Ele olha para a turma e me encara.

- To fudido. - falo abaixando a cabeça.

- Por quê? - pergunta ela.

- Ele foi à primeira vitima.

- Bom dia pessoal. Eu sou Marxos o novo professor de calculo.