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Tudo acontece muito rápido, a um segundo eu estava na quadra ao lado das Foxes e no outro estou em uma mesa estranha, cheia de gente estranha. Como caralho isso aconteceu? Deve ser alucinação, com toda a certeza é um daqueles sonhos bizarros.

Olho para os lados procurando a primeira saída de emergência que estiver, talvez eu consiga fugir. Ao meu lado está uma garota de cabelos escuros e sedosos e no outro lado uma outra garota com cabelos ruivos bem amarrados.

— Isso é ridículo! — a menina ruiva diz — James eu te proíbo!
— Calma querida, não vamos fazer nada demais, não é Sirius? — o garoto que agora sei que se chama James se vira para um garoto de cabelos negros e longos ao seu lado.

O garoto não responde, somente revira os olhos e come uma de suas torradas, o menino olha fixamente para mim como se estivesse interessado, como se ele também não estivesse se encaixando direto em tudo isso. O encaro de volta e então reconheço o olha dele, o olhar que reconheceria em qualquer lugar.

Andrew.

Não é possível. Volto a olhar para os lados, tem mais três mesas gigantes iguais a essa em que estou sentado, e parece que as são dívidas por cores: vermelho, verde, azul e amarelo. O que isso significa? Não faço a mínima ideia só sei que estou na mesa vermelha. Olho para cima onde em vez de um teto está um céu limpo e azul. Puta merda, onde eu estou?

— Harry Potter — Andrew fala pela primeira vez, olho confuso para ele e o mesmo revira os olhos — Aquele filme idiota que Nick nos obrigou a ver, de um bruxo idiota, em um mundo idiota onde tudo se resolve com amor e amizade — ele revira os olhos novamente.
— Ah que ótimo! — Isso sai mais alto do que eu imaginava — já não basta ter sido perseguido a minha vida inteira, é quando eu tenho paz me vem essa merda.
— Do que estão falando? — um garoto gordo ao lado do tal James pergunta, continuo olhando fixamente para Andrew.
— Que pena, coelho — ele fala sorrindo pela primeira vez.

Olho em volta e vejo uma menina que parece ter uns catorze anos segurando uma espécie de jornal (tirando que a fotografia na capa se mexe) pego a folha da mão da menina sem ao menos pedir e começo a procurar a data, olho tão fixamente para o jornal que não escuto direito o que a garota diz para mim. Quando finalmente encontro a data não evito de xingar.

— 1976! Estamos em dezembro de 1976! Como isso é possível? — pergunto jogando o jornal para Andrew que não faz um esforço para pegar, pelo contrário começa a tomar uma xícara de chá.
— Do que vocês estão falando? — James fala alto — Isso é o que? Algum tipo de brincadeira? Você estão brincando e nem me chama? — sério que ele realmente está abalado com isso?
— Quer saber — a menina ruiva fala — vou na biblioteca pegar um livro antes de começar a aula — ela fala e junto com a menina de cabelos escuros as duas saem do Saguão.
— Aula? — Andrew pergunta — Droga!

Olho para James que olhava para sua torrada tristemente. Já Andrew continua sem ligar, pelo contrário ele percebe que o garoto não vai comer e pega sua torrada enfiando tudo na boca.
— Você não ia comer, ia? — ele perguntou para James que não respondeu.
— A aula já vai começar, melhor a gente ir — o garoto loiro diz.
— Já estamos indo Peter.

O garoto que agora sei que se chama Peter sai do Saguão junto com outras pessoas que vão em direção às aulas. James olha para mim e Andrew e então pergunta.

— Que tipo de brincadeira é essa? Remus? — ele pergunta e olha em direção a mim.
Como vamos responder que não somos os tal Sirius e Remus que ele acha que somos.

Simples, vamos descobrir como ir embora e tudo isso irá acabar.

— Agora que percebi, não existe Exy.
— Que merda. — respondo.
— Vocês dois estão estranhos, muitos estranhos — James se levanta nos deixando na mesa sozinhos.

Continuamos ali por um tempo olhando um para o outro, até que Andrew pega uma varinha que estava em um dos bolsos e aponta para mim e depois para a porta. Nos levantamos e aí que damos conta de que não fazemos ideia para onde ir. O castelo tem um estilo gótico medieval, seria bonito se eu soubesse como fugir. Bom, olha pelo lado bom, não tem nenhum perigo, eu acho. Não prestei atenção nos filmes.

— Como vamos achar a sala? Esse lugar é enorme! — digo.
— Sério que esta preocupado com isso, coelho? O corpo nem é nosso.
— Você não está nem um pouco preocupado com o fato de estarmos em outra realidade? De estarmos em 1976? Precisamos voltar!
— Só vamos esperar, tá bom? Logo voltaremos para casa — não sei dizer o porque , mas o jeito que Andrew fala parece que ele realmente sabe que logos voltaremos. — Onde eu arranjo um cigarro nessa droga? — ele reclama voltando a andar.

Quando achamos a sala da primeira aula (graças a um papel que eu achei na bolsa) Eu sou o primeiro a entrar e Andrew vem logo atrás mal humorado por ter que estudar aqui também. A professora é uma mulher velha e com um óculos quadrado super estranho, ela nos olha como se estivesse desapontada e diz:

— Menos quinze pontos pelo atraso, agora senhores, sente-se.

Quinze pontos do que? Seja lá o que for, os outros que usavam vermelho não gostam.
Eu nunca prestei atenção nos filmes e nunca cheguei a ler nenhum dos livros então não sabia que as aulas eram estranhas/engraçadas assim. Depois dessa aula vamos para uma chamada “Defesa Contra as Artes das Trevas”.

— Então, Sirius — James fala baixo durante a aula — O treino hoje é às seis da tarde, provavelmente vamos treinar até tarde se quisermos vencer a Sonserina no primeiro jogo.
— Quadribol? — pergunto e James acena com a cabeça como se fosse óbvio, é claro que é Quadribol, Josten.
— Nem aqui eu fico livre desses jogos idiotas.— Andrew revira os olhos.

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Desde que li aftg essa trilogia faz parte da minha personalidade.

Socorro.

Caso você nunca tenha lido All For The Game, sinto muito, mas eu não faço a mínima ideia de como explicar de forma coerente tudo o que acontece aqui.

Don't Forget Where You BelongOnde histórias criam vida. Descubra agora