O que fazer.

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A aula de educação física continuou depois do meu pequeno deslize… percebi que as pessoas daquela aula não pegavam nada leve com a Carpenter, acho que toda aquela agressividade era proposital

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A aula de educação física continuou depois do meu pequeno deslize… percebi que as pessoas daquela aula não pegavam nada leve com a Carpenter, acho que toda aquela agressividade era proposital.

Uma garota arremessou uma bola em direção a Carpenter, a mesma não estava prestando atenção no ato da garota mas eu percebi, e tratei de defendê-la.

Me coloquei em frente a bola, sendo atingida por ela ao invés da Carpenter, o apito soou, anunciando que meu time havia perdido. Olhei com desgosto para aquela garota, ela ria baixinho junto as suas amigas idiotas, eu sabia muito bem a intenção dela.

— Ai sua idiota! Eu sei o que você quis fazer! — me aproximei da garota ofegante pela raiva exagerada que sentia.

Como um vulto, a professora se pôs em minha frente, bloqueando meu contato com a garota. Ela segurou em meus ombros e tentou me dispersar da minha raiva, mas eu não conseguia a olhar, meu odio não me deixava tirar os olhos da criatura com intenções malignas a Carpenter.

— Amber, se acalma! — a professora tentou me tranquilizar, mas cedi apenas pelo cansaco, não queria outra advertência na semana.

Me livrei dos braços da professora e fui ao encontro da Carpenter. Ela parecia alheia a tudo ao seu redor. Sequer deve ter percebido quando aquela bola quase a acertou. Ela saiu do seu pequeno transe ao ouvir o sinal ecoar, anunciando o fim das aulas.

Antes que eu me aproximasse ela se esquivou de mim e foi a paços apressados até o vestiário. Prontamente a segui, eu ansiava pelo menos uma conversa tranquila e explicativa com ela…

Algumas garotas ainda se trocavam ali, sem sinal da Carpenter. Decidi fazer o mesmo que as restantes e me trocar. Esperei até que o vestiário se esvaziasse, provavelmente Carpenter também esperava isso para que assim pudesse se livrar de mim, mas eu era paciente e a esperei terminar de se trocar.

Escutei um ranger de porta quebrar o silêncio do ambiente, procuro por ela e a vejo sair com cautela da cabine em que se encontrava. Me aproximei da garota e ela murchou ao me ver, novamente tentou se esquivar mas eu a prendi contra a porta, perigosamente perto dela, eu cochicho para que apenas ela escutasse:

— A gente precisa conversar, não acha? — perguntei olhando em seus olhos, vacilaram e desceram para seus pés, ali ficaram em completo transe. Novamenta a sua pose de gato assustado.

Mas não era essa reação que eu queria, até por que não era assim que ela iria se abrir para mim de qualquer maneira, droga. Me distanciei e apertei meus punho na chance de me acalmar.

— Olha… sobre aquilo eu-

— Não…

Voltei meu olhar para ela, analisando seu comportamento. Ela tremia e estava com os olhos fechados, perceptível era a sua respiração descontrolada.

— O que?...

Perguntei e recebi um curto tempo de silêncio em resposta, ela puxou ar pesadamente e gesticulou com as mãos desta vez, ensaiando o que dizer mas sua voz não saia.

𝐼 𝑠𝑒𝑒 𝑦𝑜𝑢 𝑖𝑛 𝑡ℎ𝑒 𝑑𝑎𝑟𝑘𝑛𝑒𝑠𝑠 | 𝑇𝑎𝑚𝑏𝑒𝑟 𝐴𝑈 • Onde histórias criam vida. Descubra agora