Amber Freeman, a garota problema da escola, odiada por todos e vista como uma decepção pelos professores. Ela nem sempre se importou por ser um desgosto para as pessoas ao seu redor, mas ainda sim o vazio não deixou de á consumir...
Nunca fez quest...
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Passaram-se duas semanas desde que eu e Amber nos reaproximamos, desta vez, nossa conexão estava mais forte e intensa. Agora, diariamente eu sou agraciada com a sensação de paz e leveza que Amber me proporciona.
O caos em casa continuava na mesma intensidade, mas ter uma motivação para ir à escola todos os dias e sorrir intensamente só de ver a silhueta embriagante de Amber, é o que me mantém viva.
E de certa forma, estava sendo bom ter uma companhia todos os dias, coisa que antes me estressava e incomodava, agora parece que… eu necessito disso, como se uma euforia me dominasse quando estou com ela, e eu me viciei nessas sensação, mas claro, é Amber também, sua personalidade adorável contribuir para isso. Ela tem esse jeito único de me fazer rir que eu idolatro com todas as letras, nunca foi difícil com ela, na verdade, como eu disse antes com ela tudo é genuíno e natural, ela consegue deixar todo aquele clima confortável mais fluido a cada palavra que trocamos, se eu tivesse a dado uma chance antes, perceberia os nossos inúmeros gostos em comum que compartilhamos.
Todos os dias, a via me esperando na mesa em que brigamos aquela vez, todo o contexto triste se transformou em um canto de conformidade e nostalgia. E lá, almoçamos juntas, ela sempre me obrigava a comer, como se fosse minha fiscal ou algo assim. Mas não importa, era adorável de qualquer forma ver ela se preocupando tanto assim comigo…
Mas ainda sim, me sinto insegura por isso. De fato, minha amizade com ela tem me feito feliz todo esse tempo, e Amber era totalmente mais dócil e amável do que a julguei quando me infernizava, não entendo por que todos a intitula como uma delinquente cruel, simplesmente não condiz nada com que Amber realmente é. Exatamente por essa razão eu me sinto insegura por estar tão acomodada com sua amizade e essa a proximidade toda, ainda é perigoso mantê-la assim tão perto, por mais que eu goste ainda é um risco para ela, me vejo em pânico apenas por imaginar o que ele faria a Amber caso descobrisse… é sempre assim, não posso sair de casa, não posso conversar com pessoas, praticamente não tenho liberdade… por isso era vista como um fantasma na escola. E ter Amber ao meu lado é um grande ato de rebeldia minha.
Sem contar que ainda tenho receio em entregá-la minha confiança por completo, não que eu ache que ela possa cometer algo que me prejudique, mas ainda é difícil pra mim me acostumar com alguém em minha rotina sem sentir o constante medo e ansiedade, com pensamentos pessimistas de que com um simples ato, colocar tudo a perder.
Quando termino de colocar minhas coisas no armário, o fecho e seguro firmemente minha mochila em meus ombros, me dirigindo a saída que, milagrosamente, estava quase vazia hoje. A frente consigo identificar uma silhueta familiar, que me tirou um sorriso involuntário ao percebê-la me observando com aquele sorriso adorável, junto ao seu cigarro em mãos que descartou assim que me aproximei.
Ela também me esperava todos os dias para irmos embora juntas.
— atrasada como sempre, Carpenter. — me provocou vindo em minha direção.
