Vendo o invisível.

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E mais uma vez eu, Amber Freeman, me levantei da cama junto a minha alma irrelevantemente cansada para mais uma tentativa de sobreviver aquele colégio insuportável com pessoas ainda piores

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E mais uma vez eu, Amber Freeman, me levantei da cama junto a minha alma irrelevantemente cansada para mais uma tentativa de sobreviver aquele colégio insuportável com pessoas ainda piores. Era terça-feira, mas eu implorava para que a semana acabasse logo, ou que pelo menos algum acidente terrivelmente trágico acontecesse comigo e acabasse com a angustiante dor de viver. Era irritante suportar as pessoas que implicam comigo, raramente tinha paciência para lidar com elas, deve ser por essa razão o descontentamento delas contra a minha pessoa, mas quer saber? Sinceramente foda-se.

Como eu disse anteriormente, me chamo Amber Freeman, a pessoa que você teria azar em conhecer. Não sou conhecida por ser amigável, longe disso. Muitos já me intitularam como insuportável ou coisas piores.

As pessoas não entendem a maneira que me expresso, por isso me acham estranha ou insensível, mas não sou obrigada a ser gentil com quem não quero! Eu Moro em Woodsboro, uma pequena cidade localizada na Califórnia, sua reconfortante simplicidade me irrita profundamente, muitos chamam essa cidade de pacífica mas isso é uma grande mentira, eu odeio essa cidade assim como todos os cidadãos dela, gostaria que queimassem todos da pior forma! Meus pais se mudaram para essa horrível cidade quando eu tinha apenas 5 anos, e depois disso as coisas só pioraram. Por que assim que nos mudamos para cá meus pais começaram a brigar constantemente, era horrível para uma criança de 5 anos testemunhar seus pais quase se matando.

Mas acho que a pior coisa disso tudo foram os abusos que sofri e tive que presenciar... Meu pai começou a beber quando essas crises e brigas aconteciam, e geralmente ele chegava bêbado em casa e descontava todas as suas frustrações em mim. E eu o culpo profundamente por isso. Já tive que escutar das piores coisas sem proferir nada, meu pai praticamente me usava como saco de pancada para se aliviar da sua vida estressante, mas ele me feria mais com palavras do que com ações de fato, poucas vezes ele chegou a me agredir, mas as piores feridas são as verbais...

Nunca esqueci as merdas que ele já me falou. Tenho muitas inseguranças até hoje por conta disso. Depois de alguns anos esse inferno finalmente teve seu encerramento... Pra apenas piorar logo em seguida. Minha mãe era uma puta viciada, que odiava a vida miserável que tinha, e me culpava por isso, sempre deixando claro o quanto me desprezava pois sua gravidez não foi desejada, eu tive que carregar desde cedo o peso de fuder com a vida de minha mãe e meu pai me chamando de erro constantemente. Mas então quando eu completei meus 10 anos, ela nos abandonou para seguir seu sonho de modelo, que sinceramente espero que tenha sido um fracasso, pois assim que ela se foi meu pai se afundou ainda mais nas bebidas, tive que cuidar para que ele não acabasse adoecendo pelo estado que estava.

Muitas vezes já o vi chorar e lamentar por isso... Mas assim que me via pronunciava as palavras mais baixas para mim, e eu tinha que ouvir tudo calada, aguentar tudo isso calada, pior ainda foi quando ele começou a me bater como castigo para as traquinagens que eu fazia para alcançar sua atenção. Não foi facil de fato, mas em uma certa parte eu parei de me importar e passei a viver no modo foda-se. Eu odiava meu pai e minha mãe por tudo que me fizeram passar, então deserdei eles eu mesma, claro ainda morava com meu pai, mas eu vivia minha vida da maneira que eu queria e fazia o que eu desejava, foda-se ele.

𝐼 𝑠𝑒𝑒 𝑦𝑜𝑢 𝑖𝑛 𝑡ℎ𝑒 𝑑𝑎𝑟𝑘𝑛𝑒𝑠𝑠 | 𝑇𝑎𝑚𝑏𝑒𝑟 𝐴𝑈 • Onde histórias criam vida. Descubra agora