SOU MAIS O QUE SEUS OLHOS PODEM VER (B.E.)

6- renda-se a mim ou...

Eu fiquei pensando inda mais em como fazer com que a garota ficasse ao meu lado. Por que ela se faz de difícil? Eu sou tudo o que muitos procuram, eu sou tão... Incrível...

Eu não podia ficar saindo, era muito perigoso. Muito menos ser pega pela polícia por ameaças daquela mulher... Imaginem o escândalo que seria...

Eu só queria férias, mas eu preciso de alguém...

Eu estava deitada em minha cama quando lembrei de algo...

Flashback...

Eu lembro que eu tinha 12 anos, eu estava em casa e vi uma reportagem sobre um caso criminal: a namorada de um cara, com medo de um possível término, o prende para não ir embora.  O home consegue escapar, mas a mulher o mata e enterra seu corpo no quintal.

"Agora, ele sempre estará perto de mim..." dizia a garota.

Eu lembro que olhei para minha tia que também assistia.

— O amor muda a gente... — Ela riu e olhou para mim. — Se um dia você quer alguém você vai ter que conquistar ele, seja por bem ou por mau...—

Fim do flashback...

Essa frase ecoou em minha mente... 

Eu irei por mau...

...

Pov: Lea

Eu estava dormindo, mas notei que meu corpo não estava deitado. Como não queria abrir os olhos, eu só tentei mudar de posição, mas não consegui devido... as cordas em prendendo?

Eu acordei e vi que eu estava amarrada com meus pés e mãos pendurados uns bem longe dos outros, mas eu estava de pé e ... nua?

Pelo fato de eu ter acabado de acordar e os meus olhos estarem doendo por conta da imensa quantidade de luz em direção de meu rosto, eu não conseguia raciocinar em que lugar eu estou. Além de estar nua, a sala está fria, está amarrada me impossibilitado de me mover e com a luz no meus olhos que me impedia de olhar para outro canto da sala, eu não sentia boa parte do meu corpo. Era como se alguém tivesse me dopado. 

Eu tentei gritar, mas não conseguia por conta de algum aparelho, semelhante aos antigos aparelho para alinhar dentes, estar me impedindo. Mal conseguia mexer minha mandíbula. Eu apenas conseguia fazer alguns barulhos e gemidos.

Eu não tenho ideia de como parei alí, eu lembro de estar em casa...

Deve ser algum louco... Meu Deus! Ele vai me abusa? Me matar? Por favor, que seja rápido,  eu não queria sofrer tanto assim... Eu queria sair, mas nem conseguia me mover.

De repente, eu ouvi uma barulho de trinca se destrancando... Ele chegou.

Eu começo a chorar baixinho.

Escuto passos se aproximando, eram passos muito pesados o que me deu mais medo ainda. Eu não conseguia ver por conta da luz jogada em mim e meus olhos doíam muito se eu tentasse abrir os meus olhos.

Do nada, a luz foi retirada mó meu rosto. Eu tento ver quem é, mas minha visão demora para se ajustar e ele some na escuridão. Eu paro de chorar. 

De repente, uma voz corta o silêncio ensurdecedor.

— This might get a little messy, I'm sure... — Imediatamente eu reconheço a voz. Ela continua. — Heads rolling for the one I adore. This may become a little brutal if I'm honest...— Eu escuto um barulho, como se uma lâmina tivesse passado por algo. Meu sangue gelou. —But it's any-anything for you my dear, I promise... — E logo foi revelado o rosto da voz ameaçadora: Billie?

Ela estava muito séria, parecia estar com o puro ódio em seus olhos. Eu só fazia alguns barulhos de agonia. Ela chegou perto de mim e disse.

— Como eu esperei por esse momento... Eu vou aproveitar cada segundo...— Ela disse com uma voz suave e calma.

Ela levantou sua mão e ergueu uma faca, eu soltei um gemido mais forte de medo. Ele tentei me debater, mas mal conseguia me mater em pé. 

Ela chegou com a faca e ergueu até meu pescoço.

— Você me ama? — Ela perguntou imitando uma voz infantil. Eu fiquei em choque. — VOCÊ ME AMA?! — Ela grita.

Eu volto a chorar.

Ela coloca um taser contra meus nhã barriga e me eletrocuta. Eu solto um barulho mais alto e volto a chorar alto.

Ela tira o aparelho, me permitindo falar. Eu volto a chorar. Ela olha para mim com seus olhos redondos e claros.

— Eu te amo, você sabia? Mas você não fala nada... — Ela posiciona a ponta do taser em cima de minha aréola do meu seio. — Você me ama, Lea? — Eu tento falar com minha mandíbula doendo muito.

— Sua doente! — Ela aperta e eu grito de dor e agonia. Ela continua me encarando com o rosto sem expressão alguma. 

— Você me ama, Lea?  — Eu coloca o aparelho perto de um dos meus olhos.

Eu não queria sofrer e muito menos ficar cega.

— Sim... — Eu digo em um sussurro. Ela inclina a cabeça.

— Como? — Ela pergunta me encarando, esperando uma resposta.

— Eu disse que sim... — Eu estava mentindo. Que essa mulher morra! — ... Eu amo você...— Eu digo chorando de dor.

Ela abre um sorriso muito medonho em seu rosto pálido e doentio.

— Eu te amo, Lea ... Vamos ficar juntas, vamos morrer juntas...— Eu voltei a soluçar de tanto choro.

Eu esperei ela me soltar, mas ela apenas recuou de volta para as sombras e indo embora.

— Onde você vai? Eu disse que sim... Me tira daqui! — Eu fiquei tão desesperada que voltei a chorar. — Me tira daqui, Billie! Eu já disse o que você queria ouvir. Me tira daqui! — Eu paro por conta da dor em minha garganta.

Billie surge das sombras, me acertando com um taco de basebol, me fazendo desmaiar...