Quero avisar que esse capítulo está muito pesado. Ele, literalmente, infringe quase todas as leis humanas básicas. Tomem consciência que a leitura ficará a sua decisão. O recomendado é não ler se você é sensível ou não gosta de coisas pesadas. Eu vou colocar nas frases finais o que aconteceu de importante nesse capítulo no caso de quererem pular a leitura.
No caso de você ser alguém que ainda está moldando sua mentalidade, saiba que tudo o que será apresentado é errado e não é certo de maneira alguma.
Amo-vos e façam o que lhes fazem feliz :)
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Nunca pensei que ter um corpo escondido em casa poderia ser tão interessante. Sempre que era pra ver a Lea, eu ficava animada, mas é errado dizer que ela sente a mesma coisa. Todas as vezes que eu ia ao seu encontro ela estava pálida, fraca, tremendo ou dormindo... Deve ser cansativo ficar de pé por vinte e quatro horas sem comer nada. Eu reparei que ela emagreceu.
O bom era que minha casa era a única em quilômetros, era ruim ter que precisar ir comprar as coisas, mas era bom, pois ela poderia gritar o quanto quiser...
Uma dessas tardes eu fui pra fazer companhia a ela. Eu estava vestindo um vestido vermelho muito sensual. Eu achei aquela roupa muito provocante e eu queria mostrar a alguém, então... Por que não a ela?
Eu descia as escadas devagar e a encarando sem piscar ou desviar o olhar. Enquanto isso, ela mostrava sinais que não aguentava permanecer em pé e piscava pesado. Eu reparei tudo aquilo.
Quando cheguei perto dela, eu cheguei bem perto de sua cabeça.
— Meu bombom... Foi tão bom estar com você. Eu posso te soltar... E você tem várias...— Deis uma pausa de três segundos — ...opções depois disso: namora comigo ou morre... — O seu corpo começou a tremer no momento que disse. — Eu acho que a segunda opção não é tão legal, sabe? Então... escolha! — Alguns gritos abafados saiam de sua boca; era como se ela gritasse, até que começou a chorar.
Fiquei confusa. Deve ser de tanta luz em seu rosto, assim pensei. Tirei a luz e olhei diretamente pra ela.
— Bombom, eu vou tirar isso da sua boca, mas você não vai gritar, ok? — Mesmo tirando, eu sabia que ela ia gritar e gritou...
Eu esperei ela terminar de gritar até sua garganta doer de dor intensa, então, sim... Durou muito tempo. Quando terminou, ela estava ofegante.
— Oh, bombom! Não adianta. Nós estamos em meu porão, no meio do nada, no interior da Irlanda. Você realmente acha que alguém vai escutar? — Olhei no fundo de seus olhos cansados.
— Você... não... tem... coração...— Ela tentou falar com a garganta seca. Ela engolia com dificuldade a casa palavra.
Eu não aguentei e soltei uma risada, era tão engraçado ver ela assim... toda tristonha.
Cheguei mais perto dela, bem perto, cheguei bem perto do seu pescoço. Aproveitei pra sentir seu cheiro, mas não era muito agradável. Era um cheiro azedo de suor; muito ruim, por sinal. Olhei para ela, agora desmaiada, e tive uma ideia: vou limpa-la...e deixar ela ir. Não tem mais nada de legal pra fazer com ela.
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SOU MAIS O QUE SEUS OLHOS PODEM VER (B.E.)
FanficDurante um período de férias, Billie Eilish tenta não lembra da coisa horrível que fez e volta sua atenção da uma mulher do passado, a forçando a ficar ao seu lado.