"Nem tudo são flores, mas tudo é semente."
Depois de se livrar do corpo de sua vizinha Regina Mills estava entendida de ficar apenas olhando o teto de sua casa. Queria sair e tentar sair um pouco daquela maldita fossa interminável. Por mais que fosse algo comum estar tão triste as vezes a incomodava.
Enquanto ela estava ali deitada em seu sofá, sua campainha tocou. E ela bufou antes de levantar e ir atender. Olhou a câmera e era o garoto.
— Olá Regina, é o Henry. O órfão.— O garoto falou e ela respirou fundo.
— Pode subir garoto.— Ela falou abrindo a porta. Assim que o garoto entrou o cheiro dele chegou no andar de cima antes dele. E ela logo colocou óculos escuros para esperar ele. Que prontamente ficou parado próximo a porta.— Pode entrar.
— Licença dona Regina.— Ele falou enquanto entrava.
— O que está fazendo por aqui garoto ? Precisa vender mais caixas ?
— Não, na verdade não. Eu vim porque hoje é o dia do show de talentos. Queria saber se a senhora vai mesmo.
— Não precisa me chamar de senhora. Pode me chamar apenas de Regina. Que horas vai ser isso?
— Já começou. — Ele parecia um pouco triste.
— Qual problema?
— Os outros garotos e a senhorita Lastrange disseram que eu não tinha nenhum talento que fizesse alguém assistir meu show. E eu falei que eu tinha uma amiga que iria assistir. E essa amiga é você.— Regina engoliu em seco.
— O que você vai fazer no show ?
— Vou ler algo que eu escrevi. Eu realmente não tenho um talento.— Regina se levantou.
— Vem comigo.— Os dois foram até sua garagem, onde haviam muitos carros.
— Nossa. A senhora...digo você gosta mesmo de carros.
— Sim. É algo que eu gosto muito. E você pode escolher qualquer carro para irmos até seu show.
— Sério?
— Sério.— Regina não conseguia nem entender o porquê estava sendo tão gentil com o garoto. Mais algo nele causou um sentimento diferente nela que ela não sabia explicar.
— Podemos ir no vermelho?— Henry apontou para uma Ferrari e ela sorriu pegando a chave da mesma.
— Ela também é minha favorita. — Os dois entraram no carro e Regina dirigiu até o tal orfanato que era bem perto. E assim que chegaram chamaram bastante atenção com o carro e Regina prontamente desceu pegando a mão do garoto. Eles entraram no pequeno auditório e Regina se sentou esperando a vez do garoto. E depois de várias crianças chegou a vez dele. O pequeno garoto subiu todo tímido no palco. Pegou o microfone e se sentou em uma cadeira. E levantou um papel.
— Meu nome é Henry. Só Henry. E eu não tenho sobrenome. Meus pais não quiseram me dar um. Talvez eu não merecesse. Alguns podem achar que é facil viver em um orfanato. Mas nao é. Dia apos dias eu vejo criamcas mais novas ganhando suas familias. Enquanto eu continuo ficando, largado em um canto como um produto quebrado na prateleira. E sabe eu queria que os adultos pudessem ver o quanto eu posso ser útil se me adotarem. Eu seria muito feliz de ajudar nas tarefas de casa, e eu seria um ótimo aluno. Eu me esforçaria para ser o melhor filho adotivo. Mas o triste nisso tudo é que como eu tenho oito anos eu nunca vou ter essa oportunidade de ter uma familia. — O garoto havia escrito um desabafo pesado e triste. E todos estavam constrangidos. Mas Regina ela estava atenta a ele. Ele bufou.— Na verdade sei que isso era para ser sobre um talento. E eu descobri que o meu maior talento é sobreviver. Não sei se isso conta. E nem se consegui ser claro. Bom é isso. Sou Henry.— Ele agradeceu e as únicas palmas vieram de Regina que foi até o palco receber o garoto.— Foi uma merda né?
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Afterlife - SwanQueen
VampireRegina Mills foi forçada a viver por toda a eternidade sabendo que sua companheira morreu por ser quem era, e ela nada pode fazer para evitar! Ela foi condenada com a vida eterna, e após 800 anos ela ainda se encontrava quebrada e entorpecida em su...