XVI - Passageiro

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O dia logo amanheceu  e assim que Emma abriu os olhos sentiu seu corpo abraçado e quando acordou de fato viu que Regina estava agarrada a ela.

Deitada em seu peito.

Como podia  não querer nada e ao mesmo tempo ser tão carinhosa e dependente dela assim.

Emma se mexeu um pouco tentando sair dos braços da morena sem acordar ela. Mas foi em vão. Assim que ela se mexeu a morena acordou.

— Vai mesmo tentar ir embora sem me acordar? Sair de mansinho não faz teu tipo.

— Regina não tenho  motivos para ficar aqui. Prefiro ir pra minha casa. E muita coisa inclusive essa situação não faz meu tipo.

— Emma. — A morena se ajeitou e fez um carinho nela.— Não quero deixar você sozinha.  Pelo menos até melhorar desses hematomas.  Eu te trouxe pra minha casa. Isso já é algo grande pra alguém como eu.

— Eu sempre me pergunto o que isso significa.— Emma respondeu triste. Talvez sofrer aquele acidente tenha virado uma chave na loira.— Sempre você diz que as coisas são grandes para alguém como você.

— Vamos aproveitar essa semana. — Ela olhou a loira nos olhos. —Para de ficar deste jeito.—  Regina falava  mudando de posição e ficando por cima dela.— Podemos aproveitar nosso tempo juntas de uma forma melhor.— A morena mordeu os lábios e assim que beijou Emma viu que precisava se alimentar pois logo sentiu suas presas. Emma podia estar chateada. Mais ela tinha um tesão incontrolável pela morena, e nesse minuto suas mãos já estavam no quadril dela a segurando. Regina estava distraída com sua preocupação com a sede  que nem percebeu a intenção de Emma quando a loira inverteu as posições e ficou por cima dela.

— Regina eu te quero. Te quero demais. Mais eu não vou competir com nada nem ninguém. E se você prefere esse jogo de gato e rato eu estou fora.— Ela beijou a morena apaixonadamente e se afastou. Se colocou de pé  e Regina se sentou na cama.

— Competir?

— Sei que amou muito sua ex. E que não aceita a morte dela... e eu não vou ficar competindo com alguém que já morreu.— Faziam semanas, meses, que Regina nem se quer lembrava do nome Ruby, e se não fosse Emma tocar naquele assunto sabe se lá quando ela pensaria naquele lembrança. Regina respondeu fundo e coçou a cabeça. — Não é mais fácil admitir isso ? Do que me torturar ?

—Emma, eu realmente sofri muito com a morte dela...

— Regina o fato de quase morrer colocou tudo em perspectiva para mim. E eu gosto de você. Eu adoro o Henry. Mas esse gato e rato não vai se suficiente pra mim.

— O nome dela era Ruby. Ela morreu e eu não pude fazer nada. E isso acabou comigo. E eu achava que o meu luto seria meu cinto de castidade. Eu só queria viver meu luto. Até Henry entrar na minha vida. E mudar tudo em mim. Ele colocou cor na minha vida e foi me ensinando a viver, a amar. E aí encontrei você. Que tem colocado no chão todas as minhas regras Emma. Minha ex não é um motivo para não estar com você. Eu nunca senti por ela o que eu sinto por você. — Regina deixou escapar aquela última parte e respirou fundo.— Mas o mundo não é sobre emoções, é sobre racionalidade. E nós não temos futuro juntas. Então... o que eu tenho para oferecer é sexo. Se isso não for suficiente, é melhor que realmente suma senhorita Swan. — Nem Regina acreditava naquilo.

— Ok Regina. Vou sumir. Sexo eu consigo com qualquer mulher da cidade. Não preciso de você para sexo.— Por mais que a morena quisesse que ela fosse embora  ela não queria ver ela com outra pessoa. E se levantou e agarrou ela pelo braço. A loira  olhou para mão  de Regina que a segurava em total reprovação. — Você me confunde. Já perdi as contas de quantas vezes me manda embora e depois me segura.

Afterlife - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora