Apostas - VII

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Emma estava afundando em suas cobertas quando ouviu batidas em sua porta. Escolheu ficar quieta e ver se a pessoa desistia de bater. Mas aí logo a campainha, seguida de seu celular tocando.

— INFERNO. não se pode nem ter um dia de preguiça ?— Ela levantou irritada. Ajeitou o cabelo com a mão e colocou um roupão.  Desceu as escadas ainda bocejando e a pessoa continuava a bater.— Meu Deus espera um pouco. Não é possível que a cidade esteja pegando fogo durante minha folga.— Ela abriu a porta ainda praguejando e deu de cara com sua mãe.

— Bom dia Emma.

— Bom dia mãe. Onde é o fogo que a senhora não podia esperar...— Ela olhou pro relógio. — 7 horas da manhã mãe? Estou de folga hoje mãe. Qual o problema?

— Posso entrar ? — Ela queria responder que não. Mais deu espaço para que ela o fizesse e caminhou até a cozinha. E logo ligou sua cafeteira.— Preciso de um favor.

— Ok. Só me deixa tomar café. Não sou um ser humano sem café pela manhã. "7 da manhã de uma segunda feira, da minha folga".— Ela praguejando com tamanha inconformidade mais baixo. Ela rapidamente tomou um pouco do café e se sentou.— Ok pode falar mãe.

— Seu pai...

— Iiih, qualquer favor que começa assim não pode ser boa coisa. — Emma falou já preparada.

— Voltou a jogar, voltou a apostar.

— Caramba quantos anos David tem ? Ele nunca aprende? Eu vou me trocar, pegar minha arma é meu distintivo. Com quem ele arrumou briga dessa vez ?— Mary segurou o braço da filha.

— Senta.

— É sério assim?

— Ele foi jogar ontem e ganhou meio milhão.

— Isso é bom mãe. Finalmente ele fez algo útil com essa vida de merda dele.

— O problema foi que ele decidiu apostar tudo para tentar dobrar o prêmio, e quando perdeu cobriu a aposta novamente.

— Com o que ele cobriu a aposta ?

— Nossa casa, carros. E tudo que tivesse dentro dela.— Emma fez aquela cara de decepção.

— Com quem ele apostou ?

— Gold.

— Merda. Outra vez ? Gold não vai aliviar uma segunda vez mãe.

— Eu sei que não. Ele já deixou bem claro isso.

— Mãe vai direto ao ponto por favor eu quero dormir.

— Precisamos de um lugar pra ficar até conseguirmos nos reerguer e ter um canto novamente.

— Ta e a sua ideia é?

— Que nos deixe morar aqui com você por um tempo. Sua casa é grande. Tem quartos sobrando vazios.

— Porque não foi pedir abrigo para perfeita da Agatha ?

— O marido dela não nos quer lá.

— A então a pequena evangélica perfeita deixaria os pais na rua ?

— Emma...

— Foi isso que ela aprendeu lendo a bíblia?

— Querida não fale desse jeito.

— Eu vou falar sim. Porque  a senhora está pedindo para morar na minha casa. A casa da sua filha sapatão,  a lésbica, a machona  a que gosta de por a aranha pra brigar.

— Emma Swan.— Ela falou afim de fazer a filha parar.

— Eu não era a condenada ao inferno  segundo a senhora ? Aí vem pedir abrigo a parceira do tio Lúcifer?— Emma brincou.

Afterlife - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora