THE KILLER - VERSÃO PT

7

Eles já estavam na floresta há alguns minutos e Khao tinha insistido de que eles deviam se afastar da orla para que pudessem dar uns amassos com mais vigor. Apesar dos protestos iniciais, First acabou cedendo ao namorado e agora ele não tinha muita certeza se tinha feito a escolha certa.

"Acho que aqui está bom", Khao falou, se encostando em uma das árvores.

"Não é perigoso?", First rebateu, preocupado.

"A gente não podia fazer nada lá na cabana porque ela está muito cheia. E eu preciso te chupar hoje", Khao piscou de maneira sem vergonha para o namorado e First tentou relaxar.

First se aproximou de Khao com calma, como se quisesse ganhar esse tempo para relaxar mais. Ele encostou sua boca na do namorado e os dois trocaram um beijo intenso, em que ele aproveitou para saborear os lábios de Khao, fazendo questão de meter a sua língua dentro daquela boca gostosa e explorá-la, clamando a posse daquele território. Khao gemeu de prazer, bem baixinho, mas o suficiente para deixar First de pau duro.

"Ai..."

First explorou os lábios do namorado, mordiscando-os com cuidado, descendo sua língua pelo queixo dele até chegar ao pescoço, onde ele deu leves chupões. Cada movimento de sua língua no pescoço de Khao era acompanhado por gemidos de prazer, que estimulavam First a continuar aquele trabalho. O cheiro de Khao, misturado ao de suor e bebida, lhe enebriava. Ele sentiu o pau de Khao ficando ereto também, um claro sinal de que os estímulos eram bem recebidos.

De repente, Khao se enrijeceu e aquilo sobressaltou First. O rapaz olhou para o namorado.

"O que aconteceu?", ele perguntou.

"Você ouviu isso?", Khao olhava para a direção oposta a First, como se quisesse escutar melhor. "Será que alguém nos seguiu até aqui e está nos filmando?"

"Que específico..."

"Não lembra o que fizeram com o Kayavine no ano passado?"

First lembrava. Kayavine e Indy tinham se filmado durante um momento íntimo no vestiário da escola e o vídeo havia vazado na rede social da escola. Ninguém soube quem tinha sido o responsável, mas Indy havia tentado suicídio após o acontecido e não morava mais na cidade.

"Você acha...?"

Khao fez um gesto para que First fizesse silêncio. Ele ainda tentava escutar, mas parecia não ouvir mais nada. Ele puxou o namorado para perto de si e disse em seu ouvido.

"Eu vou contornar a floresta pela frente, no lado oposto de onde o som está vindo e contornar as árvores por dentro, para flagrar quem está nos vigiando. Você não sai daqui. Eu volto já!"

First não achava aquela uma boa ideia, mas Khao sabia muito bem como se movimentar por ali. Ele havia crescido naquela região, costumava pescar com frequência com o pai e sempre se hospedavam naquela cabana.

Os segundos passaram e First percebeu que estava tenso. Ele ouviu um barulho atrás de si, mas não viu ninguém por ali. O seu telefone tocou. Ele ficou surpreso que tivesse sinal ali.

"Alô?"

"Pronto para o abate?", dizia a voz estranha.

"Quê?! O sinal está muito ruim, não consigo te ouvir direito...", mas a ligação já havia caído.

First ouviu o barulho de alguém se aproximando do exato lugar onde Khao tinha saído. Ele respirou fundo e ficou aguardando, mas nada parecia estar vindo em sua direção. Até que ele sentiu. Ele ia se virando ao ouvir uma pegada sobre uma folha e o golpe que iria atingir suas costas acabou tocando o seu abdômen. First gritou. Instintivamente, o garoto colocou as mãos no ferimento e notou que havia sangue escapando dali. A visão de First foi ficando embaçada, enquanto ele perdia os sentidos.

***

JJ estava fumando um baseado. Ele estava irritado porque Mark parecia nunca notá-lo, especialmente agora que ele estava saindo com Neo. Há alguns meses, ele tinha certeza de que poderia fazer o amigo se apaixonar por ele, mas não parecia mais ser o caso.

Se havia uma coisa que o fazia se sentir calmo era o efeito da erva em seu organismo. Ele tragou o cigarro como se sua vida dependesse daquilo e esperou que o efeito tomasse conta do seu corpo. O garoto estava pronto para dar uma nova tragada quando ouviu um grito em algum lugar ali por perto.

O sangue de JJ gelou. Ele não acreditava nessas besteiras de que havia um assassino em série, diferente do seu irmão, mas não se sentia confortável com pessoas gritando no meio da floresta. Será que alguém tinha sido atacado por uma cobra ou alguma coisa assim? O rapaz foi caminhando em direção ao grito, tomando cuidado para fazer o mínimo de barulho possível.

O garoto viu o vulto preto desaparecer por entre as árvores. Aquela visão o alertou de que ele devia ficar parado. Ele se escondeu atrás de uma das árvores, e tentou enxergar se havia algum corpo ali. Aquele vulto era humano ou algum animal de grande porte? Ele não poderia dizer.

JJ respirou fundo, sentindo que os efeitos da maconha ainda estavam em seu sistema. Ele precisava se acalmar e sair dali o quanto antes. O garoto se preparou para sair em silêncio, mas tropeçou em uma raiz de árvores e caiu no chão, dando um grito de surpresa.

Barulhos e movimentos por trás das folhas assustaram JJ. Ele se levantou com cuidado, sentindo o joelho arder da queda, mas não ficaria ali para descobrir quem estava por trás dos arbustos.

Porém, o vulto preto o encontrou. Ele corria. Possuía duas pernas, era humano. JJ tentou correr com mais força, se preparando para gritar assim que chegasse na orla da floresta. Mas ele estava perdido, não lembrava de onde tinha vindo e para onde deveria seguir. Tudo o que lhe restava era correr. O menino deu um grito surpreso quando foi derrubado no chão.

O assassino tinha alcançado ele. Ele berrou de dor quando sentiu a lâmina da faca adentrar a sua coluna. Então era assim que ele morreria? Havia nascido junto com seu irmão, mas deixaria esse mundo sozinho? Ele tentou brigar, conseguiu dar um tapa no rosto do algoz, mas recebeu uma nova facada em resposta, desta vez no peito. Num último esforço, JJ tentou empurrar o rosto do assassino.

"DESGRA...", mas o garoto foi silenciado por um último golpe da lâmina que cortou a sua garganta.

O assassino levantou-se, limpou a faca em sua capa e desapareceu pela floresta.

N/A: Desculpa o sumiço, galera. Devo voltar a atualizar com mais frequência agora.