Cap 15✨

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Sinto o vento acariciar meus cabelos, embaraçando-os ainda mais, enquanto estou dentro da grande balsa, admirando a paisagem e a água de tonalidade tão escura

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Sinto o vento acariciar meus cabelos, embaraçando-os ainda mais, enquanto estou dentro da grande balsa, admirando a paisagem e a água de tonalidade tão escura. Apesar de ter sido forçada a suportar a incômoda presença daquele idiota por quase uma hora, que pareceu interminável, fiquei aliviada que, mesmo com toda aquela tensão no ar, ele não abriu mais a boca durante toda a viagem.

Eu tinha feito o meu melhor para ignorá-lo. Claro, vez ou outra me pegava olhando para ele disfarçadamente, observando como seu cabelo estava especialmente arrumado ou como nunca havia notado a pequena pinta perto de sua boca. O filho da puta é realmente muito bonito!

Por que as pessoas cruéis tendem a ser bonitas? Deveriam ter verrugas e perebas, ser tão feias por fora quanto são por dentro.

Quando chegamos à cidadezinha, ele quase saiu correndo do ônibus, ignorando o fato de que não me devolveu meu fone. Logo depois, Jason se juntou aos seus amigos que estavam em outro ônibus. Para completar, ainda tivemos que esperar dez minutos pela balsa que nos levaria para Alcatraz.

Agora, recostada na balsa, contemplando a água bonita, estou imersa em meus pensamentos, até que Erick se aproxima, tirando-me do transe.

— Nossa, ele te olha como se quisesse te devorar viva.

Viro e finalmente percebo que Jason está do outro lado, me encarando intensamente enquanto fuma. Ergo minha mão e lhe mostro o dedo do meio, e o idiota apenas sorri, balançando a cabeça, finalmente voltando sua atenção para algo em seu celular.

— Ele é um babaca, só isso — comento, encarando a água.

— Eu tenho medo dele... Você também deveria ter — Erick fala, olhando para o céu.

— Diga-me, o que você sabe sobre o motivo pelo qual ele matou os pais? — pergunto, sentindo-me cada vez mais curiosa sobre o assunto.

— Só conheço o básico, como a maioria. E, acredite em mim, sei muitas coisas sobre todos. Mas Jason é um enigma; não se encontra nada concreto sobre os assassinatos na mídia, apenas especulações.

— Então vocês o julgam com base em especulações? — Olho para Erick, que não parece afetado pela minha pergunta.

Tudo bem, ele parece um psicopata, mas não posso negar que também já pesquisei sobre ele algumas vezes e não encontrei nada, como se toda a história fosse apenas uma lenda. Encontrei um artigo que afirmava que ele era filho de um candidato a prefeito, mas não era uma fonte confiável e não havia nenhuma foto do suposto filho.

— Ele esteve na cadeia, especulações ou não, ele não é inocente. — Como se Erick tivesse lido meus pensamentos, continua: — Ninguém sabe porque ele saiu. Alguns dizem que foi por bom comportamento, outros afirmam que parentes pagaram a fiança. Mas a pergunta que não quer calar é: o que um cara como Jason faz na faculdade?

Mordo meus lábios e discretamente ergo minha cabeça na direção de Jason novamente. Ele bloqueia o celular e nossos olhares se encontram.

Por que eu estou tão curiosa sobre ele? Por que, lá no fundo, sinto algo quando estou ao seu lado? Isso é um tanto estranho e incômodo.

Renda-se Ao Killer Boy - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora