Cap 3✨

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UMA SEMANA DEPOIS

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UMA SEMANA DEPOIS

Prendo a respiração assim que termino de tirar todas as malas do carro e encaro toda minha família me olhando da calçada.

— Mande notícias todos os dias, e nada de ficar acordada até tarde. Está levando as lentes reservas? — mamãe questiona incessantemente, ao lado do papai, que não disse uma palavra desde que saímos de casa.

Talvez ele ainda esteja chateado por eu ter falo que ficaria muito zangada se ele enviasse qualquer tipo de guarda-costas atrás de mim.

— Sim, senhora Walton — respondo com um sorriso, segurando as lágrimas para não chorar.

Odeio despedidas.

— Eu te amo! —  Ela se aproxima  e me abraça apertado demais.
— Mamãe, te amo também... — Me solta e caminho até as gêmeas.

Luna e Vick estão usando um macaquinho curto, idêntico, mas em cores diferentes: um é azul-claro e o outro é rosa. Seus cabelos curtos e cacheados encontram-se presos em rabos de cavalo apertados, o que as deixa bonitas e delicadas.

— Vou sentir saudades... — Luna é a primeira a falar, dando um passo à frente.

Tiro um pequeno estojo de maquiagem da bolsa e o entrego a ela, já que Luna adorava as cores dessa paleta p e eu quero deixá-la com uma lembrança.
Viro para Vick, que faz um bico engraçado. Ela é a mais marrenta e brigona, mas a amo mesmo assim.
Rapidamente, tiro o moletom que estou usando e o estendo para ela.

— Tome, cuide para que o tio Caion não pegue de volta até eu voltar. — Seu rosto se ilumina, e ela reluta um pouco antes de finalmente sorrir e aceitar a roupa do nosso tio favorito.

Ao me voltar para o garoto calado, o abraço, mesmo sabendo que ele odeia contato com seres humanos.

— Eu sei porque você não quer ir à viagem com eles... Mas isso será nosso segredo — sussurro em seu ouvido, e Leo  estremece um pouco.

Meus pais estão prestes a viajar para o Brasil, e Leo detesta nossa família brasileira, em particular a filha da prima de terceiro grau da mamãe, que quase quebrou a perna dele no verão passado, mas ninguém sabe disso. Léo é como eu, ninguém precisa saber das nossas vergonhas.

Ele força um sorriso e eu aperto sua bochecha.

Ao girar, vejo papai ali, com as mãos nos bolsos, tentando parecer forte.

— Eu prometo não voltar grávida. —  Tento aliviar a tensão ao me aproximar, mas ele não sorri.

Aperto as mãos uma na outra, nervosa. Papai não quer que eu vá para a faculdade longe; é como se ele não confiasse em mim, e isso me deixa triste. Quero mostrar a eles que sou capaz, que posso fazê-los se orgulharem de mim, independentemente de onde eu esteja.
Ele tira algo do bolso e me entrega, parece um molho de chaves.

Renda-se Ao Killer Boy - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora