O sentimento de insuficiência que rompia o peito de Park Jimin não era exatamente algo novo, mas apesar da assiduidade com que isso o dominava, outros inúmeros sentimentos pareciam estar destruindo-o cada vez mais ao longo dos dias. A vida não é fác...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Durante muito tempo, eu tentei evitar de pensar que meu coração tinha chance de sofrer um impacto forte o suficiente como uma paixão adolescente e avassaladora. Eu pensei que não fosse propício a cometer tal erro e que a perda da minha mãe seria a dor mais intensa que já senti em dezoito anos.
Mas eu me enganei, porque... eu me apaixonei.
Quando não conversava com Jungkook e não o conhecia o bastante, imaginei que se tratava de uma paixão boba, inocente demais para um coração partido que buscava se reconstruir após um trauma tão forte.
Mas isso foi uma mentira que contei a mim mesmo, porque quanto mais ele se envolve em minha vida, mais eu sei que essa paixão é além do que pensei e sei que é muito mais do que consigo suportar. Porque ela nunca vai para frente. E eu sei disso.
Só que... bem, ele sempre me surpreende, todos os dias.
Quando a pessoa que você tanto gosta te chama para sair, normalmente você não espera que o passeio seja o caminho da sua casa até o consultório de um psicólogo. Um medo muito forte de ir até lá com Jungkook me assombra, mas ao mesmo tempo há uma leveza no ar apenas por estar perto dele, e isso meio que facilita as coisas para mim. Ele sempre facilita as coisas para mim.
Pedi a ele pelo menos uma meia hora para que eu pudesse tomar banho e trocar de roupa e disse para ele me acompanhar e ficar no meu quarto enquanto eu fazia essas tarefas.
Confesso que estou sim nervoso, muito aflito com a situação como um todo. Geralmente pessoas que sofrem de depressão – ou que suspeitam ter, como eu – não querem ouvir que precisam ser ajudadas, sabe? Já vi vários casos, nas inúmeras pesquisas que já fiz, que isso ocasiona em situações ainda mais agravantes para essas pessoas.
Até porque eu sei que preciso de ajuda. Mas entre saber e conseguir ir atrás, há uma diferença muito grande. Por sorte, ele havia me empurrado. E ele não me forçou, óbvio que não, mas me deu o incentivo que eu precisava para sair do fundo do poço em que me enfiei nos últimos anos.
E só o fato de Jungkook ter vindo até aqui me oferecendo essa ajuda, se disponibilizando a ir comigo e tudo o mais, foi o bastante para que eu sentisse um calorzinho gostoso em meu peito. Algo que eu não sentia há muito tempo.
Quando saio do banheiro já vestido, encontro Jungkook sentado em minha cama, mexendo em seu celular. Agradeço muito por ele ter tido a iniciativa de vir até mim, isso demonstra que ele verdadeiramente se preocupa comigo.
— Já podemos ir. — Comunico, o vendo assentir.
— Não quer comer nada antes? — Pergunta e eu nego, então ele se levanta e sai do quarto comigo.
Tranco a casa e ando com Jungkook até seu carro. E que carro. Entramos e um silêncio se forma em nossa volta, mas esse silêncio não me incomoda. É bom, porque eu estou com ele. Tudo parece ser melhor com Jungkook por perto.
