O sentimento de insuficiência que rompia o peito de Park Jimin não era exatamente algo novo, mas apesar da assiduidade com que isso o dominava, outros inúmeros sentimentos pareciam estar destruindo-o cada vez mais ao longo dos dias. A vida não é fác...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Quando aquela voz soou nos meus ouvidos, um arrepio me percorreu por inteiro e eu senti minhas pernas perderem a força. Se eu não fosse forte o bastante, teria caído com tudo no chão e teria me machucado bastante. Me virei na direção de quem tinha dito aquilo e vi que a pessoa segurava um bolo com uma vela que tinha desenhado a letra "J". Me aproximei e vi que, além disso, estava escrito "eu te amo" ali.
Ele largou o bolo na minha cômoda e abriu os braços para mim e eu simplesmente me joguei naquele abraço como se minha vida dependesse dele. Jungkook estava ali, me abraçando, tirando todo o meu medo de nunca mais vê-lo, deixando toda aquela tristeza por ele não ter se lembrado para longe.
Ele estava ali e nada mais importava. Ambos estávamos chorando, provavelmente pela alegria de estarmos matando a saudade.
— Eu senti tanto a sua falta. — Sussurrei, ainda o apertando naquele abraço maravilhoso.
— Também senti sua falta, meu amor, tinha momentos em que parecia impossível de aguentar. — Confessou ele, se separando de mim rapidamente e me puxando para a cama, onde se sentou em minha frente. — Agora chega de ficar triste por pensar que eu não lembrei, porque você sabe que eu nunca esqueceria do seu aniversário.
— Mas é que nós nos falamos e você não disse nada sobre isso. — Choraminguei, o vendo sorrir. Que sorriso... Sentia tanta falta dele.
— Porque eu queria que a surpresa valesse a pena. Ou vai dizer que não gostou do porta-retrato, a árvore, a pipoca com direito a elogio, o perfume e esse bilhete, além do bolo, e de mim, claro. — Eu só conseguia rir. Tinha sido ele o tempo inteiro. — Eu soube antes do natal que viria te ver, mas eu quis manter surpresa e pedi ajuda do Hoseok para arrumar tudo. Voltei semana passada para cá, fui ver seu pai para conseguir a liberação dele para hoje, falei com Hobi e arrumei tudo. Confesso que foi difícil, mas meu pai me ajudou com a parte financeira, aí deu tudo certo.
— Você é incrível. — O abracei novamente, escorando minha cabeça em seu ombro. — Mas dá certa raiva saber que estava aqui desde semana passada e não veio me ver logo.
— E acha que eu não sofri com isso? Foi uma tortura. Estava a apenas alguns quilômetros de você e mesmo assim parecia tão distante. Foi um sacrifício dos grandes, viu? — Ri novamente com ele.
O encarei e então finalmente o beijei, de início calmamente, mas a nossa saudade era tanta que não demorou muito para que eu estivesse deitado em cima dele, sentindo suas mãos acariciando minha cintura e minhas costas.
— Feliz aniversário, Minnie. — Cochichou ele, mexendo em meu cabelo enquanto eu o encarava, ainda deitado sobre ele. — Eu te amo muito.
— Eu também te amo, Kookie. — Disse calmo, voltando a me inclinar e beijá-lo novamente.
— Temos muito tempo para matar a saudade. — Falou ele, se ajeitando e se levantando da cama. — Agora ainda precisamos comemorar um aniversário. Um não, dois.
