𝐗𝐕𝐈𝐈𝐈

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𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐞𝐬 𝐋𝐞𝐜𝐥𝐞𝐫𝐜

O sol atravessa a janela do meu quarto e me atinge nos olhos o que me faz despertar.

Abro os olhos lentamente e puxo o cobertor para bloquear os raios solares de me atingirem.

Com o rosto ainda coberto, tateio a cabeceira até encontrar meu celular que levo para debaixo da coberta e me diz que são meio dia. Me assusto com o horário avançado e me sento na cama. Olho para o lado e não vejo ninguém lá.

O que me fez pensar que Max Verstappen acordaria ao meu lado? Meu Deus! Sou muito sentimental, viu?

Balanço a cabeça com o pensamento idiota e me levanto para ir ao banheiro. Faço minhas necessidades e volto para o quarto.

A fome me ataca e decido ir comer algo. Acho que vou chamar Pierre e Yuki para sairmos. Eles disseram que queriam me contar algo. Quero saber o que é.

Quando vou para a cozinha, percebo que está tudo diferente de como estava ontem.

Ontem: pia com vários pratos amontoados, garrafas de vinho esvaziadas postas em cima da mesa, embalagens de comidas frias empilhadas em cima da lixeira.

Hoje: pia sem nenhum prato, nem na pia e nem no escorredor; as garrafas de vinho não estão mais sobre a mesa e as embalagens desapareceram junto com as garrafas vazias.

Além dessas mudanças, há várias comidas em cima da mesa. Uma macarronada ao molho vermelho e repleto de almôndegas; suco, refrigerante e cerveja estavam sobre a mesa; umas saladas e azeite; além de queijos em cubículos e azeitonas.

Fico olhando a mesa boquiaberto e só desvio minha atenção da sétima maravilha do mundo quando ouço a porta ser aberta por um Max sobrecarregado por sacolas.

-- Charles? - Ele diz em tom de dúvida. - Charles! - Ele está enfurecido. - Não era pra você estar aqui! Ia ser uma surpresa! - Ele fala pondo exclamações a cada fim de frase. Definitivamente, não era isso que eu esperava de Max. Quer dizer, não sobre os gritos, mas sobre as comidas. Ele havia me dito que não curtia muito cozinhar, e ele fez uma refeição e tanto pra gente. A comida está com um cheiro ótimo. Da água na boca só em inalar o aroma da comida.

-- Me ajuda aqui, vai. - Ele diz estendendo umas sacolas pra mim.

-- O que tem aqui? - Pergunto.

-- Chocolate. - Ele dá de ombros como se isso fosse óbvio.

Pomos as sacolas em cima de uma mesa que não estava ocupada com as delícias e vamos guardando os chocolates na geladeira. Acho que nunca vi tanto chocolate junto. Ficamos em silêncio enquanto guardávamos as compras, e foi agradável. Não ficou ensurdecedor.

-- Eu pensei em fazer um fondue, mas desisti depois que acabei de cozinhar tudo isso.

-- Então, foi você que cozinhou tudo? - Pergunto meio incrédulo.

-- Achou que tivesse pedido ajuda? - Não, achei que tivesse comprado um almoço. Mas, não vou dizer isso a ele.

-- Não, não. Acredito nos seus dotes culinários. - Pisco e sorrio pra ele. Ele sorri de volta e ficamos nos encarando e rindo ao mesmo tempo.

Antigamente, quando eu e Max transávamos, ele nunca ficava muito tempo depois. Normalmente, ele saia após o sexo, mas às vezes ele acordava junto comigo de manhã e tomávamos café juntos para, então, ir embora. E um detalhe é que comprávamos café da manhã, não ele que fazia. Por isso, achei estranho ter um almoço pronto e cozinhado por ele. E tá com um cheiro tão bom quanto a macarronada de Carlos. Carlos. Carlos apareceu novamente na minha mente.

Why can't we be like that? ~ F1 (Boy x Boy)Onde histórias criam vida. Descubra agora