Capítulo 16

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Hinata foi acordada naquela manhã cinzenta com café da manhã na cama e uma Hanabi extremamente animada pulando em cima de si. Rindo da felicidade da mais nova, a Anbu acolheu a jovem genin em um abraço apertado.

– Feliz aniversário, Onee-cha!! – Falou a caçula, animada. – Como vamos comemorar o dia de hoje, hein? – Quis saber – Faremos uma festa? Um jantar? Sairemos para algum lugar?

– Calma, Nabi – Falava a kunoichi, achando graça da empolgação de sua irmãzinha.

– Como "calma"?! Você está fazendo 18 anos! Temos que celebrar. – A mais velha das Hyuuga sorriu com carinho. Ela abraçou a menor e a encheu de beijos.

– Não precisamos de tudo isso. – Falou, feliz. – Sabe que fico satisfeita só de ter você e meus amigos por perto!

– E o Sasuke, não é? – Hanabi estreitou os olhos em direção a sua irmã mais velha, um sorriso travesso nos lábios.

– Ora, Hanabi! – Hinata acertou a menina com o travesseiro – Deixe de ser xereta! – A garota de cabelos castanhos ria com gosto. Recompondo-se, continuou.

– Vamos, vamos, levante-se! – Falou a menor, autoritária. – Temos muito o que comemorar hoje! – E, após muita insistência, Hinata se levantou e preparou-se para enfrentar seu dia. A kunoichi experiente nunca foi dada a comemorações grandiosas ou festas animadas. Para ela, um tempo de qualidade com aqueles que amava era mais que suficiente. Entretanto, isso não significava que ela não dava a devida importância à data. Muito pelo contrário, a morena achava aniversário a data mais especial de todas, pois é o dia em que alguém querido nasceu, além de significar que ele passou mais um ano ao seu lado. Contente, a Hyuuga iniciou seu dia.

--x--

Assim que desceu para o primeiro andar da grande mansão, Hinata foi recepcionada pelos empregados e demais membros do seu clã. A jovem kunoichi sempre foi muito amada, até mesmo pela família secundária, que tinha todos os motivos para se sentirem ressentidos em relação a ela e a família principal. A verdade é que todos acompanharam o crescimento da garota, além dos castigos e humilhações sofridos. E, mesmo com tudo isso, ela sempre sorria e era gentil com todos. Não existia um só coração de pedra que não se derretesse com a bondade da primogênita. Todos sentiam muito orgulho da kunoichi forte que ela se tornou, honrando o sobrenome Hyuuga.

Em meio a tantos rostos gentis, Hinata sentia-se feliz. Entretanto, as comemorações e felicitações foram morrendo conforme o atual líder do clã se aproximava. Em questão de minutos, o ar leve e alegre se tornou pesado, espantando os demais do cômodo. O sorriso no rosto da morena foi reduzido a uma linha sem expressão. A única coisa ruim que datas comemorativas traziam consigo era a interação forçada com aqueles que não desejamos. E lá estava a Anbu, diante de seu pai e maior carrasco.

– Filha... – Começou o patriarca, ainda incerto do que diria a ela.

– Hiashi-sama. – Cumprimentou, indiferente.

– Podemos ir até o meu escritório? – Falou, abatido pela forma como sua filha o tratava. Ele tinha consciência de que merecia isso, mas não deixava de doer.

– É realmente necessário? Tenho planos para hoje. – Hinata deixou claro sua falta de vontade em ter uma conversa particular com seu pai. Por Kami, ela só queria aproveitar o seu dia rodeada daqueles que a faziam se sentir bem e amada, era pedir demais? Hiashi engoliu o nó que se formou em sua garganta.

– Prometo ser rápido – Insistiu ele. Com um suspiro impaciente, a kunoichi seguiu o pai até o escritório dele. Chegando lá, Hiashi fechou a porta e indicou que ela se sentasse e assim ela o fez.

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