Capítulo 11

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Depois de várias aulas seguidas, utilizei o tempo do lanche para, obviamente, comer, e ler um livro.
É sempre bom ler, principalmente, quando se deseja distrair a mente e fugir da realidade.
Eu estava com vontade 0 de conversar.
Ontem, eu havia conseguido me distrair.
Entretanto, hoje...eu só conseguia pensar que deveria estar ajudando minha irmã com as malas.
Só pensava no quanto eu queriw isso, em vez de estar me desgastando dessa forma- física e mentalmente...

Depois do horário de lanche, fomos à academia utilizar alguns dos aparelho de treinamento e, então, foi o horário do jantar.
Me mantive calada durante toda a refeição e, dessa vez, meus colegas nem sequer tentaram puxar asdunto comigo.
E eu agradeci muito por isso...

Após a refeição, consegui ir para o quarto mais cedo, dizendo que estava com dor de cabeça.
E, então, fiquei em ligação com minha irmã.

Iniciamos desabafando. Eu lhe contei o quão péssimo, duro e torturante fora meu dia e, depois de termos lamentados minha realidade atual, ela me mostrou tudo o que havia colocado em sua mala e mochila de viagem, enquanto dizia, quase chorando, que ela não devia ter feito isso sem mim.

Eu queria muito estar com ela nesse início de nova etapa...
Ela já sabia exatamente como funcionava as coisas na UWC, já que eu havia lhe narrado inúmeras vezes.
Já conhecia o lugar, os professores, e alguns dos meus amigos que, agora, fazem parte da turnê do 2° ano da UWC.
Eu sabia que ela estava animada, e mais do que pronta para isso.
Entretanto...eu queria tanto repetir meus conselhos à ela...
Queria tanto lhe abraçar, e me despedir...
Queria fazer parte desse momento....
E, o pior era saber que ainda tinha a parte pior da história...
Quinta-feira seria iniciada a etapa final dessa formação inicial e, nesses próximos 14 dias, eu não poderia mexer no celular...
Ou seja...eu não farei a mínima ideia de como ela estará em seus primeiros dias de adaptação...

- De qualquer forma...me mande tudo que estiver acontecendo e, quando eu puder, te respondo. - falo, tentando animar à ela e à mim mesma.

- Não vai ser a mesma coisa...mas...tá... - ela diz, com a voz um tanto chorosa.

Já estavamos conversando à 1 hora e, então, decidi que era o momento de amenizar o peso dessa ligação.
Até porque, a mana seria um dia importante para ela, que precisava ser tratado com a animação e entusiasmo que merecia.

Decidi, então, lhe narrar - pela milésima vez-, de como fora meus primeiros dias no internato.
Enquanto eu lembrava dos momentos vividos em Gales, senti a tensão dentro de mim sumir, dando lugar à saudade.
Eu sabia que Sofia amaria esse internsto tanto quanto eu amei. E ela também sabia disso.
Quanto a vontade que ambas sentiamos de eu estar lá...bom, não era como se pudesssmos fazer muito à respeito...

- É melhor você ir dormir...a viagem vai ser bem cansativa e, confia em mim...você só vai descansar quando for dormir. - digo, com um tom nostálgico.

Já estávamos quase encerrando a ligação, quando Lupe adentra ao quarto como um raio.

- Bórbon, o que aconteceu entre você e meu irmão?? - ela questiona, em extrema expectativa.

Consigo ver que Sofia encaixa melhor os fones em seus ouvidos, curiosa.

- Ele me irritou. Como sempre. - respondo, dando de ombros.

- Humm...interessante... - Lupe diz, levando a mão ao queixo, pensativa.

- O que?? Por que a pergunta? - a voz curiosa da minha irmã soa pelo celular.

Como, até então, eu estava sozinha, não usava fones.

Lupe ri e, após notar que sw tratava da minha irmã mais nova no outro lado da linha, a Infanta da Espanha, ela levou alguns segundos para voltar à raciocinar.

Hater - Princesa LeonorOnde histórias criam vida. Descubra agora