Capítulo 1 Piloto

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Minha história não é diferente da de Octavia, mas talvez seja ainda mais cruel

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Minha história não é diferente da de Octavia, mas talvez seja ainda mais cruel. Sou Lilith Collins, a irmã gêmea de Finn Collins. Quando minha mãe descobriu que estava grávida, foi obrigada a escolher entre nós dois. Ela escolheu o Finn, e eu fui abandonada. Ela não foi morta porque a culpa foi parcialmente da médica, que disse que era só uma criança. Se soubessem que éramos dois, o aborto seria a única opção. Sempre me perguntei por que ela escolheu Finn e não eu.

Meu pai morreu quando eu tinha 3 anos. Conheci Finn aos 7, durante uma visita que minha mãe permitiu. Nos tornamos próximos desde então, mas nossa história é um segredo bem guardado, abafado pelos que não querem que ninguém saiba.

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Guardas: Prisioneira 176, encoste na parede agora! Não precisa ter medo.

Lilith: Eu tenho 16 anos, faço 18 só daqui dois anos...

Antes que eu pudesse terminar de falar, sinto um impacto que me derruba. O mundo ao meu redor se apaga, e acordo encostada na parede de uma nave. Há outros prisioneiros ao redor, e entre eles, Finn. Uma pontada de inveja me atravessa; ele está sentado, enquanto eu estou presa de pé. O Chanceler começa a falar, mas eu mal escuto. Meu foco está no Finn, meu irmão. Ele começa a flutuar no espaço sem gravidade, um sorriso travesso nos lábios.

Finn: Olha só, seu pai me colocou para flutuar – ele fala para Wells – Vem, Lily, vamos nos divertir!

Eu me solto e flutuo até ele, seguida por dois garotos que fazem o mesmo. A nave começa a tremer, e Finn me puxa para perto dele. Somos jogados contra a parede atrás de Wells e Clarke. A dor passa rápido, mas o impacto é forte. Quando levanto, vejo que dois dos garotos estão mortos. Finn e eu verificamos o pulso deles; nada. O clima é sombrio, mas todos parecem mais interessados na liberdade do que nos corpos caídos.

Monty: Escutem – ele diz sorrindo – não há o barulho das máquinas.

Jasper: É a primeira vez desde que nascemos.

Ninguém se importa com os mortos. Finn parece abalado, mas sabe que eles se arriscaram. Ele só me chamou, e eu fui. O resto, foi escolha deles.

Bellamy: Vão para trás! – Ele tenta abrir a porta, mas Clarke o impede.

Clarke: Pare! O ar pode ser tóxico!

Bellamy: Se o ar for tóxico, morreremos de qualquer forma. – Ele mal termina a frase quando uma garota, um pouco mais alta que eu, grita e corre para abraçá-lo.

Fico parada, sem saber o que fazer, observando o reencontro de Bellamy e Octavia. Ouvimos sobre Octavia, a garota escondida debaixo do piso, a garota cuja mãe foi flutuada quando descobriram sua existência.

The 100 -Bellamy/Roam Onde histórias criam vida. Descubra agora