[06] Slabhraí an diabhail

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[06] Correntes do diabo

"Você é louco como eu?
Esteve sofrendo como eu?
...
Você é desequilibrado como eu?
Você é estranho como eu?
...
Acho que há uma falha no meu código
Estas vozes não me deixam sozinha"
Gasoline — Halsey

🕷☠👻

#melodiadosossos

Os sons do mundo lá fora, levantando cada barulho até os ouvidos do vampiro que tem noção da maior parte das coisas acontecendo no reino, se tornam inativos quando Melinoe almeja sentir a movimentação de sua mão ao deslizar o pincel pela tela em branco.

Sua sala de artes onde constantemente exerce seu prazer pelas pinturas macabras, nunca esteve tão sombria, mesmo que na maior parte das vezes em que entra em tal lugar, é por motivos de surtos externos e internos.

As paredes tomadas por quadros pintados por ele, preenche o vazio que ele acabava sentindo quando seus surtos passavam e tudo o que sobrava era o desejo de completar cada lacuna dentro de seu peito onde as únicas emoções prevalentes e na maior parte de sua vida, as únicas sentidas, era a raiva.

A luz amarela derramando seu brilho por todo o cômodo, denúncia cada detalhe de Éris ao colocá-lo em sua perna esquerda ao se ter sentado no banco de frente com a tela em branco, deslizando os dedos de sua canhota pela cintura do vampiro enquanto sente o cheirinho doce exalando da pele alva.

Seus lábios se prendem ao homem com lindos cabelos brancos murmurando de prazer ao sentir as presas de Melinoe se esfregando em sua pele.

Sua canhota aperta o local desnudo do corpo coberto apenas pela cueca preta, deixando algumas mordidas pela derme fria do outro conforme sentia o calor das veias sendo erguido pelo magnetismo com as presas afiadas ameaçando cravá-las em sua pele. Éris pressiona suas pálpebras a cada deslizar das próprias digitais pelo corpo seminu de Melinoe, concentrando seus toques nas curvas do peitoral farto antes de abrir seus olhos e permitir que o primordial vislumbre de seus lumos tomados por um intenso alaranjado, assim como o permitiu enxergar das longas orelhas pontudas se estendendo.

Melinoe não sabia a real história de como Éris se tornou um vampiro, e não era algo que ele almejava descobrir.

Tudo o que ele tinha consciência sobre a criatura sentada em seu colo, esfregando seus joelhos na parte íntima coberta do maior, era do excêntrico sabor adocicado armazenado por seu sangue ainda sendo bombeado em seu corpo. Diferente dos sanguessugas primordiais que tal feito era conduzido com base no próprio psicológico e sentimentos por sua alma gêmea. Entretanto, não era a mesma coisa do que beber da fonte de sua raça nascente.

Deslizando suas digitais da destra pelos ombros, sentindo a suavidade da pele gelada, Melinoe agarra o pulso de Éris com certa força, puxando um gemido contido do menor a deleitar-se daquele prazer ao ser puxado de encontro com os lábios que desgrudaram no pescoço alheio, sendo crispados com certo anseio ao notar as veias estampadas de forma suave na derme, como se estivesse prestes a sumir em meio a toda palidez.

Ele pode sentir o sangue do homem em seu colo passar a circular pelo corpo miúdo ao ter as presas de Melinoe influenciando tal ato, transmitindo um certo calor localizado até o maior que sorriu com a devassidão estampando cada centímetro de sua bela face.

Diferente de beber de outros seres vivos, ou de sangue artificial; beber de outro vampiro escurecia a parte branca de seus globos oculares, ocasionando com Melinoe tendo suas orbes inteiramente negras como se nenhuma claridez houvesse dentro de suas pálpebras, apenas intensificando o seu anseio pelo profano ao se vislumbrar com certa aparência em algumas de suas fodas com Éris na frente de um espelho.

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