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S/N.
— S/N, SE CONTINUAR você irá se machucar! — Minha mãe gritou de uma pequena distância de mim.
— MAEZOCA! PAPITO! — Sai correndo deixando meus brinquedos feito a mão no chão. — Vocês voltaram cedo hoje! — Exclamei feliz assim que terminei de abraçar os dois.
— A senhorita prometeu que veríamos o pôr do sol hoje. — Agora foi a vez do meu pai falar.
— É verdade! — Meu sorriso era enorme, por mais que as condições que minha família tinham eram péssimas, os melhores momentos vinham da simplicidade de observar o sol ir embora. — Vamos, se não vamos perder! — Segurei o pulso dos dois.
Nossa pequena casa que podia ser mais considerada um chalé ficava no topo de um penhasco, era um lugar calmo e tranquilo, tinha uma árvore enorme que dava uma sombra tão gostosa que poderia passar horas dormindo. O mar cercava a nossa vista, era uma bela visão, que se alguém descobrisse aquele lugar com certeza tomaria para si.
A mulher com cabelos escuros que eu chamava de mãe pôs uma certa toalha de piquenique sobre o chão, ela se sentou de um lado e meu pai de outro.
Eu olhei para aquela maré limpa e azul cristal maravilhada, a brisa batia em meu rosto como se fosse um carinho, o cheiro de liberdade que todo aquele vendo trazia era surreal, eu tinha tantas expectativas bobas do mundo, não via a hora de crescer logo para poder explorar tudo e conhecer o paraíso.
— Mãe! — Eu olhei para trás buscando o abraço quentinho da minha mãe, mas nunca aconteceu. Meus pais não estavam ali, eles misteriosamente tinham desaparecidos assim como nossa pequena casa estava desaparecendo no momento, estava tudo virando cinzas como uma fumaça de cigarro.
Eu entrei em desespero enquanto gritava meus pais, lágrimas começaram a sair involuntariamente dos meus olhos e minha respiração que tinha que sair, não dava sinal.
— S/N! CORRE! — Foi a única coisa que eu ouvi no meio de tantas cinzas, eu tinha certeza que aquela era a voz do meu pai e em questão de segundos eu corri, corri o mais rápido possível na direção da floresta, o vento no meu rosto me secando o choro e minha garganta falha me incomodavam, minhas pernas tremiam e a sensação de não saber o que fazer me agoniavam, quando eu não tinha noção de algo sempre recorria ao meus pais, só que agora eu não tinha ninguém. Estava sozinha.