46 | Los Angeles

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Me encaro no enorme espelho em frente a cama completamente contente ao ver que o vestido caiu perfeitamente, como se tivesse sido feito sob-medida para mim

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Me encaro no enorme espelho em frente a cama completamente contente ao ver que o vestido caiu perfeitamente, como se tivesse sido feito sob-medida para mim. Ele é bem apertado destacando minhas curvas e sobressaltando os meus seios. O salto rose em meus pés também ficou perfeito e me pergunto aonde Kaulitz arranjou essa roupa com esse caimento a dedo.

Se ele queria uma mulher deslumbrante ao seu lado como troféu hoje, realmente eu sou a ideal para isso.

Retoco levemente minha maquiagem e vejo Kaulitz aparecer na porta do quarto após ter sumido por uma hora.

E tudo é cinza.

— Cinco horas — O homem de tranças informa.

— Estou pronta – Respondo me olhando no espelho sem encara-lo.

Me viro em sua direção vendo o homem passear seu olhar por todo o meu corpo, me analisando ou talvez me comendo com os olhos. Suas expressões nunca são muito claras.

Ele deu meia volta se retirando do quarto, entendi como um sinal para segui-lo. Saímos da cobertura me dando a visão do sol se pondo deixando o céu alaranjado, uma bela vista. Entramos no elevador e respiro fundo ansiosa para ver como são esses encontros mas ao mesmo tempo enojada por ter que fingir ser a mulher de um monstro como Kaulitz.

Chegamos na recepção e lá estava a recepcionista descabelada de mais cedo, porém para a minha surpresa quando ela viu o homem ao meu lado o seu corpo estremeceu. Seu olhar se arregalou demonstrando pavor e suas mãos começaram a tremer fazendo a caneta que a mesma estava segurando cair.

— O carro que o senhor alugou já está lá fora, Senhor Kaulitz — A loira diz com sua voz trêmula, dessa vez ela falou em inglês, diferente de mais cedo que ela usou alemão para falar com todos quando chegamos.

Tom apenas assentiu se retirando do hotel, chegamos no jardim encontrando uma Bugatti Divo azul e preta.

— Tenha uma boa noite, senhor — O manobrista entrega a chave para Kaulitz que as pegou sem nem agradecer.

Dei a volta no carro e entrei no automóvel notando o quanto esse aqui é baixo, mas por dentro parece uma espaçonave de tão bonito. Não muito diferente dos outros carros de Kaulitz, na realidade, todos os carros dele são luxuosos.

— Os outros sabem que estou indo com você? — Pergunto me referindo aos meninos assim que Tom arrancou com o carro.

— Não devo satisfação a ninguém — Respondeu depois de um tempo.

— Eu tinha marcado com eles de ir naquele salão do hotel hoje — Comento.

— Você vai ter tempo — Responde seco — Não vamos embora amanhã.

O homem remexe nos bolsos de sua calça e tira um óculos escuros, o colocou e agora sua feição está com um ar mais frio. Seu maxilar está fortemente marcado como se ele estivesse forçando os seus dentes para conter algo.

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