Alguns anos atrás, minha aldeia foi invadida por piratas. Eles saquearam tudo, deixando pra trás apenas coisas inúteis pra eles. Não restou nada da nossa pequena aldeia à não ser destruição.
Naquela noite eu perdi tudo, casa, família, amigos... um lar. Os piratas me tiraram tudo e eu só tinha 7 anos.
Uma pequena garota escondida dentro do armário tentando parar de chorar pra não ser descoberta.Piratas invadiram minha casa, meu pai tentou nós proteger mas acabou morrendo alí mesmo. Minha mãe teve o mesmo fim. Morreram tentando me manter segura.
Os piratas ouviram meus soluços e abriram o armário, olhando pra mim, um deles se agachou e estendeu a mão. Me deu a entender que mesmo por serem piratas, eles não machucavam crianças.
Eu morria de medo deles. Aquelas roupas, os rostos, as armas... tudo aquilo me assustava. Devagar e tremendo estiquei a mão, segurando a mão áspera e suja do pirata. Em seu rosto criou um sorriso, apesar de tudo, um sorriso sincero que eu nunca vou esquecer.
Ele me segurou no colo e me levou até seu navio. Coloquei os pés no navio que balançava um pouco devido as ondas baixas. Meus olhos ainda estavam cheios de lágrimas, elas caíram depois que eu apertei meus olhos ao ver o sol nascer.
O pirata que me trouxe ao navio se agachou ficando à minha altura. Com um sorriso no rosto ele pega uma flanela vermelho do bolso e seca meu rosto. Em seguida me deixa sozinha.
Achei que estava sozinha, quando um garoto encostou no meu ombro me assustando um pouco. Me virei e olhei pra ele. Ele era diferente, tinha o cabelo azul e uma maquiagem de palhaço no rosto. Ele me disse que seu nome era Buggy, mas eu estava tão assustada com aquilo tudo que não consegui responder.
Ele segurou meu braço e me levou até a cozinha. Ele presumiu que eu estava com fome já que o barulho na minha barriga me entregou.
Ficamos os dois alí, comendo e conversando, mesmo que eu não falasse nada ele insistia em falar. Eu apenas balançava a cabeça em concordância e em negação.
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Quando o sol se pós começou a chover. Segui Buggy até o convés, onde ajudamos os marujos a amarrem alguns canhões e recolherem as velas do navio.
A medida em que a tempestade aumentava causando reboliço no mar, o navio se mexia mais e mais. Eu não era acostumada com aquilo tudo, então era difícil permanecer em pé.
Os solavancos só aumentavam, Buggy, percebeu que eu não consiga ficar de pé e foi até mim. Ele me segurou e me levou pra beirada do navio, onde nós dois conseguimos nos segurar.
Aquilo me deu uma sensação de mal estar. Eu estava começando a ficar enjoada e tonta de tanto o navio balançar.
Uma onda gigante se formou em uma questão de segundos, se chocando contra o navio, enchendo o convés de água. Minhas mãos não se firmaram e eu não conseguia me segurar mais. A força da água me tirou do navio.
Eu fui de encontro ao mar, onde me debater não era mais uma opção já que eu não sabia nadar direito.
Ouvi a voz do Buggy me chamando. Eu criei forças e tentei nadar até a superfície.
Consegui colocar minha cabeça pra fora da água, mas logo fui engolida pelo mar outra vez. Mas não desisti, me recuperei e voltei para a superfície.
Vi os olhos de Buggy apavorados por minha causa. Não sei ao certo se eram lágrimas ou água da chuva e do mar, mas ele parecia estar chorando.
Meu olhos ardiam pela água salgada do mar.
Uma escada foi jogada na minha direção, mas logo quando eu estava tentando subir um tubarão apareceu mordendo meu braço e me levando de volta a estaca zero.
A dor da mordida era imensa, mas a pressão da água esmagando meu corpo era maior.
A última visão que tive foi dos marujos segurando o garoto, ele queria pular na água pra me salvar. Mas esse com certeza era meu fim.
Então iria acabar assim.
Morta pela pressão do mar e comida por um tubarão.
A escuridão me cercava, eu já não tinha nenhuma chance de vida. Desisti de prender o fôlego. A água entrou em meus pulmões me dando uma sensação estranha.
Então, eu apaguei.
Sair da minha aldeia pra morrer no mar. Esse não era bem o tipo de adrenalina que queria experimentar.
Antes de perder a consciência, vi algo brilhante se aproximando de mim. Algo brilhante e azul.
Então eu perdi o sentidos, mesmo assim ouvia o som dos meus ossos sendo quebrados.
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Tive um sonho maluco de ser tirada da água pelo meu pai. Ele era um pescador, jogou a rede e ao envés de pegar peixes ele pegou a mim.
Pude ouvir gaivotas, e uma voz masculina chamando outra pessoa. Abri meus olhos um pouco mas não consegui ver nada por causa do sol. Depois uma voz feminina dizendo "ela ainda está viva?!".
Senti suas mãos macias no meu rosto, mas não conseguia acordar.
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Minha consciência voltava aos poucos. Pude ouvir o latido de um cão bem ao meu lado, em seguida senti sua língua lambendo meu rosto. Isso me fez acordar. Mas eu ainda estava muito zonza, então permanece deitada enquanto eu ressuscitava
Meus olhos se abriram quando uma voz masculina manda o cachorro se afastar, consegui ver um homem alto de cabelos loiros e ao lado dele uma moça, de cabelos castanhos cacheados.
_ Está me ouvindo? _ soou a voz masculina.
Eu apenas balancei a cabeça afirmando que sim.
_ Sente alguma dor?
_ Meu braço. _ responde com a voz embargada e baixa.
_ Imaginei que seria isso. Escute... seu braço se foi.
Me assustei ao ouvir isso. Então lembrei do tubarão.
_ Tubarão. _ respondi com o mesmo tom de voz.
_ Tente descansar mais um pouco, querida. _ ouvi uma voz feminina outra vez.
_ Vou preparar uma comida gostosa e alguns remédios pra dor.Foi apenas isso que eu ouvi antes de apagar outra vez.
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CIRCUS • BUGGY o PALHAÇO [EM REVISÃO]
Fanfiction~ _ Akira? _ o palhaço disse ao franzir as sobrancelhas ainda com a faca em minha garganta. ~ _ Buggy? _ eu estava muito confusa e a luz do lugar não me ajudava a enxergar. • ° Plágio é crime ° ° Contém violência, Hot, palavrões e drogas ilícitas. °...