A Carta

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Kelvin- ramiro quando você encontrar essa carta eu já vou ter ido embora de Nova primavera e espero nunca ter que voltar -assim que leu essa primeira parte o loiro ficou em silêncio por alguns segundos, pois a carta era curta não tinha mais do que 20 linhas e lendo esse começo entendeu que aquilo não era nem um pouco uma carta de despedida doce.

Ramiro- é só isso? -pergunta olhando para o loiro que balança a cabeça negativamente.

Kelvin- não, eu só me perdi um pouco, vamos ver -fala tentando disfarçar o desconforto por tudo que estava escrito ali- achei, era aqui -fala apontando para o papel e voltou a ler.

"a verdade é que eu nunca me senti amada por você e eu consegui ver que você também não gostava de mim, até mesmo quando tivemos nossa filha, você não demonstrou que me amava, eu nunca me senti desejada por você.

Eu sou uma mulher, eu mereço ser amada e desejada por um homem, então eu achei alguém que gostasse de mim e que me desse valor, eu peço desculpas por ter abandonado você e a menina, mas eu não podia viver mais nesta cidade sabendo que você, o homem que eu sempre sonhei em ter como meu marido não me queria"

Ramiro- então ela abandonou nois pro culpa minha? -pergunta parecendo uma criança assustada.

Kelvin- não, ela deixou vocês por achar que não era amada, que vocês estavam juntos por obrigação e não por amor -disse devolvendo a carta para o outro que o olha com um semblante confuso.

Ramiro- mai nois foi criado para casar, pra ficar junto e ter uma família -fala confusão com o conteúdo da carta.

Kelvin- rams, tem muita diferença entre você fazer algo por obrigação e fazer aquilo por amor, vou te dar um exemplo, você vê a flora tropeçar e cair, o que você vai fazer? -pergunta já imaginando a resposta.

Ramiro- eu vo pegar ela, abraçar e dar muitos beijos, pra ela sarar logo -fala fazendo o loiro soltar um suspiro apaixonado, era um pouco assustador pensar, que aquele homem, que estava à sua frente, já matou e cometeu diversos crimes em nome dos La Selva.

Kelvin- agora, o que você faria se o seu patrão tropeçasse e caísse bem na sua frente? -pergunta com o ar divertido, se aquilo acontecesse em sua frente, tinha certeza que não seguraria a risada.

Ramiro- bom, o patrão ia brigar comigo e eu ia ajudar ele a fica em pé -diz dando de ombros.

Kelvin- viu, essa é a diferença você ajudaria a flora sem pensar duas vezes, já o seu patrão, ele praticamente teria que pedir para você ajudar ele, depois de gritar com você -fala olhando para os olhos do outro que desvia do seu olhar.

Ramiro- mai eu sou o pai dela, meu deve é cuidar dela -diz olhando para baixo, mas logo volta a olhar para o loiro.

Kelvin- sim, esse é o dever dos pais, sempre cuidar dos filhos e muitos deles não fazem isso, mesmo que você não goste de falar sobre isso, olha o que a Raimunda fez, ela abandonou vocês e isso com certeza não é o dever de uma mãe -disse tocando o rosto do outro que no primeiro momento se assustou com o ato, mas logo relaxou sobre a mão do outro.

Ramiro- é ocê tem razão -fala aproveitando o carinho e parecia que iria dormir a qualquer momento.

Kelvin- Mas tá ficando tarde você tem que dormir, eu também -fala não querendo se afastar do outro, porém realmente estava ficando com sono.

Ramiro- é, boa noite kevin -falou se levantando do sofá e parou em frente ao outro, levantou uma sobrancelha não entende ainda o movimento do cacheado- ainda não te dei o apertãozinho de boa noite -fala dando um sorriso fraco e na mesma hora o loiro já levantou com tudo.

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