Minha Chance

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O sol já estava se pondo quando Ramiro entrou no salão de cacá com Flora logo atrás do mesmo, o cabeleireiro vendo o homem e a criança entrando no estabelecimento estranhou, pois não era novidade para ninguém que o neves odiava/não gostava de lugares cheios e o salão da pequena cidade como qualquer outra salão de beleza, era um dos únicos lugares que sempre estava cheio de gente, mas pela hora que foram estava vazio e por sorte seriam atendidos rápido, bom, era isso que o capataz desejava.

Ramiro- oba cabeleireiro -diz chamando a atenção do homem que logo sai do transe e vai o atender.

Cacá- que surpresa ter vocês aqui, no que posso ajudar? -pergunta com um sorriso gentil e como era esperado não foi retribuído.

Ramiro- ocê consegui dar jeito nisso? -pergunta se afastando um pouco para o outro poder olhar sua filha ou melhor o cabelo dela.

Cacá- MEU DEUS, o que aconteceu com o cabelo dela? -pergunta assustado, não sabia como não percebeu o estado crítico do cabelo da criança, talvez pelo medo do pai da mesma.

Ramiro- só acordou assim, mai cê consegue dar jeito? -pergunta agora um pouco preocupado pela reação do outro.

Cacá- eu posso ver o que consigo fazer, mas nunca cuidei de cabeça nesse estado de calamidade -fala e viu a criança ficar triste e o jagunço fechar mais a cara- mais tudo tem sua primeira vez, pode deixar que ela vai sair daqui uma verdadeira princesa -disse se abaixando e olhando para a menina- vamos? -pergunta esticando a mão para a menina pegar, a mesma olhou para o pai que assentiu.

Vendo a confirmação de seu pai flora pegou na mão de cacá que a levou até uma cadeira vermelha um pouco mais alta, era essa que ele usava com as crianças, Ramiro vendo isso logo pegou a filha e a colocou sentada na cadeira.

Flora- o senhor é depois de mim? -pergunta vendo o cabeleireiro colocar um avental em si e começar a tocar de leve em seu cabelo, pensando em o que fazer.

Ramiro- sim, ocê termina e eu começo -fala com um sorriso leve e torcendo para até o final a menina esquecer aquilo.

Cacá- é já sei o que vou fazer, vamos lavar para desembaraçar e depois ver se corto um pouco para deixar um volume bom e fácil para você cuidar -fala olhando Ramiro que só concordava com tudo- então Flora, vamos lavar? -pergunta de forma gentil para a criança que concorda também.

Até o momento de ir para o lavatório tudo parecia bem e tranquilo, até cacá colocar as luvas e ligar a água em temperatura morna, naquele momento flora levantou da cadeira e quase caiu pelo rápido movimento.

Flora- eu não quero mais -fala pondo as mãos no cabelo e seus olhinhos já estavam marejados.

Ramiro- por favor filha, deixa o moço trabalha -diz tocando no rosto da criança que agora balança a cabeça negativamente.

Flora- não, eu tô com medo -diz ainda com as mãozinhas segurando o cabelo, para ninguém tocar.

Ramiro- mai o painho tá aqui pra cuidar d'ocê -fala tentando acalmar a criança sem sucesso nenhum.

Flora- eu quero a minha mãe -falou já deixando as lágrimas rolarem pelo seu rosto.

Ramiro- mai não tem como minha princesa -diz em tom triste e aquela resposta fez a menina chorar ainda mais.

Enquanto essa cena se passava no lavatório, logo entrou mais algumas pessoas no salão e cacá usou essa oportunidade para sair dali.

Cacá- eu vou atender as meninas e daqui a pouco eu volto -fala já tirando as luvas e foi correndo atender as "primas"- boa noite meninas, o que vamos fazer hoje? -pergunta comprimento todas.

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