Por Que Não?

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Como prometido Kelvin começou a ensinar Ramiro tudo que sabia e usava seus livros para facilitar o processo,  com a primeira aula o menor já percebeu que o moreno sabia praticamente nada, tanto de leitura quanto de escrita, apenas o básico do básico que era praticamente nada, tirando que o pouco que sabia ainda era errado, então aproveitou que Flora era uma criança que estava na idade de alfabetização e usava as lições da filha para ensinar o pai.

Claro que no começo foi um pouco difícil esconder da pequena, que estranhava os dois estarem sempre juntos no seu quarto ou pegando suas lições, sentindo a desconfiança da menina Kelvin dizia que estava"corrigindo" com a ajuda do peão, aquilo deixava a pequena desconfiada, pois seu pai nunca foi de tocar em seus matérias, mas preferia não falar nada, sabia que era algo bom, no final das contas.

Ramiro- tá certo? -pergunta virando o caderno para o loiro, já tinham deixado flora na academia para fazer suas aulas, então estavam sozinhos em casa.

Kelvin- sim, viu não é tão difícil -disse sorrindo e viu o outro dar uma pequena risada orgulhoso.

Estavam no quarto da criança aproveitando que a mesma não usava todo o matéria escolar, então não precisavam se importar em comprar caderno, canetas e outras coisas, ficaram tão entretidos nas aulas que nem viram as horas passarem, logo deu a hora de buscar a criança e infelizmente, acabaram a esquecendo, sem querer.

Na academia

Flora- eles estão atrasados -fala sentindo um pouco de dor na barriga, mas provavelmente era por estar com fome.

Odilon- já devem estar chegando, quer esperar lá dentro? -pergunta se sentando ao lado da menina, que esperava na porta da academia.

Flora- não, eu tô com fome,  vou pra casa -diz dando de ombros e já abrindo a porta de vidro.

Odilon- sozinha? -pergunta vendo ela confirmar- não mesmo, montanha cuida aqui, já volto -pediu para o homem careca que concorda- seu pai acaba comigo se acontecer alguma coisa com você -disse vendo a menina sorrir e pegou na mão dela, logo a levando para casa, que nem era tão longe assim.

Flora- obrigada mestre dilon -fala fazendo uma referência assim que chegou na frente do portão.

Odilon- não tem de que, você tem a chave? -pergunta assim que viu a outra puxar a bolsa e mexer um pouco.

Flora- tenho, mas papai disse que não posso levar ninguém pra dentro de casa, sem ele e o tio estarem -fala abrindo o portão e depois foi para a porta, que estava destrancada.

Odilon- seus pais estão certos, pode entrar, só vou esperar você fechar a porta -fala empurrando um pouco o portão, para ter certeza que estava bem trancado.

Flora- tchau mestre -fala fechado a porta, assim que viu o outro acenar para ela- cadê aqueles dois? -pergunta colocando as mãos na cintura e foi para o seu quarto, guardar sua mochila e mal abriu a porta e viu os dois homens no chão, com alguns cadernos em volta- o que vocês estão fazendo? -pergunta se aproximando e vendo que seu pai tinha escrito alguma coisa, seria a primeira vez que veria a letra dele, se o mesmo não tivesse escondido.

Ramiro- como ocê chegou aqui? -pergunta fechando o caderno com força e tentando esconder, mas a criança já estava na frente dos dois.

Flora- o mestre dilon me trouxe, vocês esqueceram de mim -fala com o rostinho triste, porém com uma postura emburrada.

Kelvin- que horas são? -pergunta puxando o celular e vendo a hora, já tinha passado um pouco das 16:00, estava bem tarde para almoçar.

Flora- tarde, tô com fome -disse sentindo novamente aquela dor na barriga e massageou o local, fazendo os adultos entenderem que ela queria comer.

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