Riacho

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Sangue pinga do teto
Goteja
A luz que me ofusca é a mesma que te incendeia
O terror sobe do chão
Invade a terra
A bondade que veem em ti é a mesma que me condena.
As minhas entranhas pulam para fora
Repugnam o sentimento que tu me destes
Eu engulo o desamor a seco
Os mastigo
E os vomito.
O seu amor não coube em mim
Ele era duradouro e eu efêmero
Ele era profundo e eu raso
Ele era algo e eu nunca fui alguém.
Você me diz palavras cruéis
Elas chegam até mim
Como um lembrete do porquê anseio a morte.
Você viu do meu riacho um mar
E pulou de cabeça
Era raso
Você se feriu
Por não abrir os olhos e enxergar a verdade.

As suas mentiras te confortam?

Querido Desamor ─ PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora