Tudo o que foi meu, falta

31 2 0
                                    

Eu sou migalhas
Farelo do que um dia chamei de amor.
Eu sou terra batida
Propício a ser terreiro.
Resquícios de memória é o que me forma
Eu espero que a alegria não bata a porta
A melancolia me é aconchego
Eu não quero ser feliz
Eu quero ser livre.
Os assassinos não têm do que temer
A maior prisão é dormir, levantar
E nada nunca,
Nunca mudar.
A rotina horripilante
No direito de ir e vir
E ir, sem saber se vai voltar.

Querido Desamor ─ PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora