A incansável busca por "eu mesmo"

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Meus olhos já não se afundam em mares aos finais de tarde.
Apesar de meu pulso ainda manchar o carpete branco, não dói
Não mais.
A dor que eu sinto
Dói por dentro
Queima, inflama
E não se cura
Nunca ousou se curar.
Meu corpo dói sempre que o sol se põe
Arde, entorpece
Eu lamento de não aguentar mais
Desejo me calar como o silêncio dos finais das noites
Engolir os problemas como sedativos.
Me mutilo por te amar demais
Te machuco por demonstrar de menos
Me arrependo de ser eu mesmo.
E quem sou "eu mesmo"?
Eu me olho no espelho;
Mas não me encontro.
Eu escrevo e reescrevo o mesmo nome;
Mas não o reconheço.
Eu me procuro em mim;
Mas não me acho.
De mim, eu segui uma trilha até você
E perdi o caminho da volta
Eu me perdi de mim, por você.

-Espero que possa me encontrar.

Querido Desamor ─ PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora