Capítulo 11

2.1K 183 41
                                    

Boa leitura!

.

.

.

.

.

.

Com a instrução do médico, Luiza começou rapidamente a fisioterapia. Eduarda ficou encarregada de ligar para marcar as sessões. As primeiras seriam feitas na clínica.

- Você está com uma carinha. - Eduarda olhou mais atentamente para a amiga.

- Cara nenhuma, estou normal. Talvez empolgada com a fisioterapia, espero que eu volte a andar normalmente em pouco tempo.

- Não desconversa! Essa cara aí é de quem fez... - Eduarda arregalou os olhos. - Não acredito! Aconteceu?!

- Que isso Duda, tá parecendo minha mãe espalhando pras amigas o dia que eu fiquei menstruada pela primeira vez.

Eduarda riu, mas não desistiu de perguntar.

- Vai, me conta, quero saber de tudo. Como foi?

- Nossa, se eu não falar você vai me perturbar o dia todo. Foi muito bom, ela é carinhosa, eu gostei e ponto.

- Só isso? - Eduarda olhava incrédula, queria mais detalhes. - Quero os detalhes.

- Não tem detalhes. A que horas será minha fisioterapia?

- Ao menos me diz se você gostou, poxa.

- Claro que gostei. - A voz saiu mais entusiasmada do que ela queria.

Eduarda olhou querendo rir, mas se conteve, sabia que estava pisando em terreno perigoso.

- Tá me dei por satisfeita com essa resposta. Sua fisioterapia é daqui a pouco. Marquei para todas as manhãs, achei que era melhor pra você.

E assim foi. Todos os dias ela ia e ficava por quase duas horas e sua condição física evoluía bem. Com dez sessões ela já conseguia andar somente com uma muleta. Sua fisioterapeuta se chamava Carla, era muito simpática. Morena, alta, olhos verdes, não era forte, mas tinha um corpo definido, além de fisioterapeuta, era personal em uma academia e ficou toda animada com Luiza.

- Você está indo muito bem. Pelas radiografias que vi do seu pé, achei que ia ficar mais tempo imobilizada.

- Graças a Deus que melhorei, estou doida pra voltar ao meu dia a dia, ainda não me sinto cem por cento. Ainda bem que tenho ajuda de amigos, nem em casa tenho ficado.

- Vai ficar em forma e com menos sessões do que propus no início, o que é uma pena, estou adorando te ver todo dia. - Disparou sem a menor vergonha uma cantada barata.

Luiza ficou totalmente desconsertada, não sabia se ria ou se despistava o assunto. Acabou rindo, mas de vergonha.

- Imagina, o que mais você tem são mulheres bonitas perto de você, fica numa academia o dia todo.

- Ter tem né, mas como você, nunca vi. - Falou dando um sorriso estonteante. - Você é educada, conversa legal, existem poucas mulheres assim. Sem contar que mesmo sendo quem é, saber ser simples.

Luiza ficou lisonjeada pelas palavras, mas nada sentiu, olhava pra ele e lembrava de Valentina. Realmente a morena já tomava conta de seus pensamentos, mais que isso, do seu coração.

- Você já pode retirar a bota e ficar só com a muleta pra dar firmeza e toda noite antes de deitar passe esse gel, vai ajudar. - Estendeu um tubo de gel para ela. - E não precisa mais depender de ninguém, pode ficar na sua casa, já sobe escadas numa boa.

Medida Certa (Adaptação Valu)Onde histórias criam vida. Descubra agora