Capítulo 2

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Boa leitura!

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Daquele dia até o réveillon foi uma correria para ambas. Valentina fechou a conta da rede de lojas com chave de ouro. Precisou se desdobrar para agradar os donos, mas conseguiu em tempo hábil ainda para pegar uma nova conta de uma franquia de alimentos.

- Você parece que tem mais gás no final do ano. Geralmente é quando a maioria das pessoas estão cansadas. - Igor falou.

- Que nada, eu levo o ano até o fim, depois uns dias de folga e volto novamente pro batente.

- Eu preciso de um descanso também.

- Merecido né? Trabalhamos muito esse ano.

- E valeu à pena. Ganhamos tantos prêmios que nem cabe mais na prateleira. - Esnobou brincando.

- Pronto, o sucesso subiu à cabeça. - os dois riram.

- Tina, eu vou indo e desejo a você uma excelente passagem de ano e que em 2023 nossos caminhos estejam lado a lado e sempre comemorando.

- O mesmo para você Tico, felicidades para você e minha cunhadinha. Curtam muito! - abraçaram-se e Igor foi embora.

Ainda em sua sala Valentina ficou pensando que mais uma vez passaria o réveillon sozinha. Igor era um ótimo irmão, mas sempre passava a data com a família da esposa e por Valentina não simpatizar muito com eles preferia não ir por mais que o irmão insistisse.

- Vou andar por aí, meu ritual. - falou pra si mesma.

No café...

- Por que você não vem com a gente? - Eduarda insistia para Luiza ir com ela e Julia para Niterói na casa da família.

- Não quero. Vocês ficarão em família e eu só atrapalho.

- Vou fingir que não ouvi isso.

- Da outra vez que fui sua família ficou me olhando como se eu fosse um extraterrestre.

- É que você era a mais bonita. Não vê como somos todos feios? - brincou.

- Aham, deixa de besteira. Sem contar os que achavam que eu tinha obrigação de inventar um prato ali na hora da virada.

Eduarda morria de rir do modo como Luiza falava.

- Foi engraçado.

- Sim, muito, estou rindo até agora! - revirou os olhos.

- Olha amiga, fica ao seu critério viu? Não vou insistir porque sei como você é, mas se na última horar mudar de ideia, sabe onde nos achar.

- Tá certo. Bom ano novo para vocês, divirtam-se e não bebam muito e se beber, já sabe que...

- Não vou dirigir, pode deixar.

Abraçaram-se e Eduarda saiu na euforia de encontrar a namorada. Luiza encerrou o dia com o restante da turma no restaurante e como tradição não abriu no dia 31. Foi pra casa descansar e fazer um balanço pessoal do ano que estava acabando.

"Pessoal de quê? Não tive nada além de trabalho e isso nem é pessoal!" - se ridicularizou. Pensou nas conquistas e que talvez alguém pra dividi-las não seria má ideia. O pensamento foi apagado em instantes. Como sempre passaria o ano sozinha e em casa, escutando música, assistindo um filme ou lendo um livro. Nem a queima de fogos via pela TV. Tomou banho e deitou pra relaxar, ligou o som e ficou escutando sua música favorita. Prestava atenção na letra e quanto mais escutava, mais se sentia só. Quando faltava pouco mais de uma hora para meia noite, uma inquietação tomou conta e acabou entrando no carro e saiu pra dar uma volta.

Medida Certa (Adaptação Valu)Onde histórias criam vida. Descubra agora