Capítulo 6

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Boa leitura!

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Na cozinha do buffet, explicava ao pessoal como queria um sanduíche. Faria com uma pasta de legumes e salsicha de frango.

- Quero que pique a salsicha em quadradinhos pequenos, mas de modo que as crianças possam ver. E a pasta você mantenha bem vermelha para parecer molho de tomate, não descolora o tom da beterraba.

Circulou pela cozinha e checou o andamento de todos os pratos, quando viu que estava tudo em ordem voltou para sua sala e se preparou para ir ao apartamento de Anne.

- Duda, preciso ir em casa e de lá já vou direto para o apartamento.

- Quer que separe alguma coisa para você levar daqui?

- Acho que não, levo tudo de lá. Vai querer ir comigo hoje?

- Precisa?

- Não, estou perguntando por que é festa de criança e você gosta.

- Julia chega de viagem hoje e vou pegá-la no aeroporto. Fica para próxima.

- Ok, estou indo então. Bom final de semana e aproveita pra namorar. - falou sorrindo.

Eduarda, na verdade não queria ir porque sabia que Valentina estaria nessa festa, pois a própria havia contado. Queria deixar as duas o maior tempo possível sozinhas.

Ao ir para casa, Luiza pensou na proposta de Valentina em ir buscá-la. Talvez tivesse aceitado se não fosse a atitude dela no dia anterior. Estava indignada por conta daquele beijo, mas era impressionante o fato de não ter esquecido um segundo que tinha sido muito bom. Sacudiu a cabeça para esquecer tal pensamento. Olhou o endereço de Anne e Carol e foi para o apartamento. Chegou junto com seus funcionários que sempre iam de van, levado por uma empresa que trabalhava em parceria com ela.

- Luiza, diga ao pessoal da empresa que esse motorista corre muito.

- Não corri senhora, o trânsito é que estava bom.

- Trânsito bom ou não, tem que respeitar a velocidade meu amigo, mas não vou discutir com você. Na segunda me reporto com seu superior. - falou categoricamente.

O que fazia as pessoas terem certo receio de Luiza era quando ficava irritada. Não conseguia domar as palavras e muitas vezes perdia o tato para lidar com elas. Passava até a impressão de ser antipática ou arrogante, quem a conhecia sabia que não era, mas esse era o problema. Quem a conhecia? Pouquíssimas pessoas. Chegou até a portaria e se anunciou, subiu com os funcionários pelo elevador de serviço, pois era maior. Enquanto subiam ela dava as últimas coordenadas. Quando a porta se abriu, Carol já a esperava.

- Oi, boa tarde. Podiam ter subido pelo outro elevador.

- Esse é maior e como temos muitas coisas pra carregar ficou mais fácil, foi uma subida só.

- Venham. - Chamou. - Eu adorei a decoração. Valen está toda animada.

Luiza achou estranho e resolveu perguntar.

- Ela já está aqui? - pareceu confusa.

Carol percebeu que se tratava de algum engano.

- Valen é minha filha, será que estamos falando da mesma pessoa?

- Ah sim, achei que estivesse  falando da Valentina que me indicou.

- Não, essa ainda não chegou. - Sorriu.- Quando conhecemos Valentina, a publicitária, é que reparamos na coincidência. Tanto que minha filha a chama de Valen às vezes.

Medida Certa (Adaptação Valu)Onde histórias criam vida. Descubra agora