Medida Certa (Adaptação Valu)

Capítulo Extra 9

Voltei ein!

Boa leitura!

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Pov Valentina

Aquele dia com certeza foi perfeito para um passeio. Quando Luiza no sábado sugeriu levar as crianças ao zoológico, eu não consegui pensar em um jeito melhor de aproveitar o fim de semana. Cecília e Guilherme foram animados desde a noite anterior, e a energia deles logo foi incluída para todo o grupo, incluindo Eduarda e Júlia, como queridas parceiras de aventuras de sempre. Desde o início, eu descobri que seria um dia cheio de risadas.

Logo na entrada, observei Cecília e Guilherme, e a diferença entre os dois ficou evidente. Enquanto Cecília, com sua maturidade precoce, segurava firme na mão do irmão mais novo, Gui parecia elétrico, com os olhos brilhando de curiosidade.

- Vamos, Ceci! Quero ver o leão primeiro! - Guilherme disse puxando Cecília pela mão.

Troquei um olhar divertido com Luiza.

- Calma, meu amor. O leão vai estar lá quando a gente chegar, não precisa correr.

Olhei para Lu, que segurava a minha mão com carinho. Senti um calor gostoso no peito. Entre aquele caos de crianças, família e expectativas, havia algo tão profundo entre nós, uma sensação de pertencimento que só existia com minha esposa.

Estava observando as crianças fascinadas com o leão, especialmente Cecília, que adorava demonstrar o quanto entendia os animais. Ceci adorava ler e, recentemente, tinha devorado um livro sobre felinos selvagens.

- Mãe, você sabia que os leões dormem a maior parte do tempo? Eles só acordam pra comer. - A pequena falava como uma especialista.

- Então ele é igual ao tio Igor? - Gui falou com os olhos arregalados.

Ri alto, enquanto Eduarda dava uma gargalhada alta. Senti Luiza se aproximar e me puxar levemente para o lado. Parecia que a minha esposa queria um momento só para nós duas, mesmo que fosse breve.

- Sabe, eu lembro da primeira vez que você me trouxe aqui para fazermos um piquenique... - Sussurrou, com um sorriso malicioso.

- Eu também. Lembro de tudo, principalmente por causa do jeito que você me olha agora. - Encostei a cabeça em seu ombro.

- Vocês duas, foco nas crianças, não no romance! - Eduarda gritou de longe.

Todos riram, e vi que mesmo nesses pequenos momentos, eu e Lu sempre conseguimos nos conectar de um jeito especial. Sei que esses breves toques e olhares eram o suficiente para me lembrar de como nosso amor nunca acabaria.

Enquanto as crianças imitavam os macacos, eu me divertia observando Guilherme, que tinha um jeito espontâneo e desastrado, que eu adorava. Ele fazia suas macaquices com dedicação, enquanto Cecília observava com aquele olhar típico de irmã mais velha, meio crítica, mas cheia de carinho.

- Gui, você sempre cai quando tenta imitar os bichos. - Cecília disse cruzando os braços.

- Mas eu estou aprendendo! Olha só!

Antes que pudesse impedir, ele deu uma cambalhota desajeitada, caindo com tudo no chão. Corri para socorrer o pequeno, mas ele estava bem, rindo de sua própria queda.

- Temos um pequeno aventureiro aqui. - Luiza disse andando até o meu lado para verificar o nosso filho.

Enquanto fazíamos uma pausa para o lanche, senti o olhar de Cecília sobre mim. A minha filha tinha aquele olhar observador e detalhado, algo que sempre achei admirável. Mas, ao invés de falar comigo, Cecília se virou para a dinda.

- Dinda, você acha que um macaquinho daria muito trabalho?

- Olha, Ceci, se depender de mim, só ia dar trabalho pra sua mãe. - Ela piscou, divertida.

- Mas olha só, Cecília. Já pensou se ele fosse como o Gui? - Júlia comentou rindo.

As duas caíram na gargalhada, e olhei para Luiza com um sorriso de cumplicidade. Esse era o tipo de dia que sabíamos que as crianças guardariam na memória para sempre: leve, cheio de risadas e pequenas provocações. Lu levantou, sentou ao meu lado e pegou a minha mão.

- Acho que a nossa família é mesmo perfeita, do nosso jeito.

- É porque você faz tudo ficar perfeito pra nós, meu bem. - Acariciei o seu rosto.

Já perto do fim do passeio, chegamos à área dos pássaros. Observei Cecília correndo em direção à gaiola da coruja, apontando para o animal com fascínio. Guilherme correu atrás dela, curioso, e o pequeno estava tão animado que quase tropeçou.

- Olha, Ceci! Ela vira a cabeça igual uma boneca!

- Acho que ela parece mais com você do que você pensa. - Júlia sussurrou para Eduarda.

- Ei, eu sou muito mais charmosa que uma coruja!

Eu e Luiza rimos, enquanto Cecília tentou entender a comparação e Guilherme olhou confuso para a coruja.

No final do passeio, enquanto o sol começava a baixar, segurei a mão de minha esposa e olhei ao redor. Cecília e Guilherme, agora cansados ​​e sonolentos, andavam à frente com Eduarda e Júlia, ainda trocando provocações. Abracei Luiza e a puxei para um último beijo antes de seguir para casa.

- Obrigada por esse dia.

- Você e as crianças fazem tudo valer a pena.

Depois de um dia inesquecível no zoológico, quando as crianças já estavam profundamente adormecidas em suas camas, Lu e eu finalmente relaxamos, um momento de tranquilidade só nosso. A casa estava em silêncio, e eu sentia uma paz ao caminhar até a varanda com Luiza.

A brisa da noite era suave e fresca, e o céu estava salpicado de estrelas. Encostei na grade da varanda, observando as luzes da cidade ao longe, enquanto sentia Luiza se aproximar devagar por trás. Ela envolveu meus ombros com seus braços e descansou o queixo no meu ombro, suspirando suavemente.

- Sabe, hoje foi mais do que eu imaginei. - murmurei, sentindo sua respiração quente e leve em meu pescoço.

- Cada momento com eles parece perfeito quando você está ao meu lado. - Luiza falou e me virou de frente para ela, prendendo meu rosto com delicadeza em suas mãos. Seus olhos brilhavam, cheios de ternura e cumplicidade, e eu sentia como se estivesse olhando para ela pela primeira vez. - Você sempre me faz querer ser melhor. - disse ela, em um tom quase sussurrado, enquanto acariciava meu rosto. - Hoje, vendo você, a nossa família... parece tão certo. Como se não houvesse outro lugar no mundo em que eu deveria estar.

Nossos lábios se encontraram em um beijo que começou suave, mas foi se tornando mais profundo, transmitindo tudo o que nem as palavras expressariam. Aquela era minha casa, meu porto seguro, minha parceira para sempre. Nos braços dela sinto como se todo o cansaço e as responsabilidades desaparecessem, deixando apenas a tranquilidade.

Quando nos afastamos um pouco, encostei minha testa na dela e sorri.

— Acho que posso dizer, sem dúvidas, que você é o melhor pedaço da minha vida. Obrigada por transformar todos os nossos dias em algo tão especial.

Ela riu, com aquele brilho inconfundível no olhar, e respondeu baixinho:

— Acho que nós duas fazemos isso juntas, meu amor.

Nos abraçamos, e o tempo pareceu parar ali, no silêncio da noite, enquanto nossos corações se entendem sem nenhuma palavra.

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Xauzinhoo!