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Daroit

- Oi, bom dia Renata vi ver como a Gattaz está. - Falei no momento em que a irmã da Carol me atendeu.
- Graças a Deus você apareceu já estava pensando em ligar para alguma de vocês. - Disse ela me olhando um tanto quanto triste. - A gente não sabe mais o que fazer com a Carol, ela parecia estar aceitando bem a lesão mas agora tá enfiada no quarto e não quer fazer nada. Segundo ela não vai fazer a cirurgia e também colocou na cabeça dela que acabou a carreira dela, estava pensando em talvez alguma de você que são amigas e companheiras de equipe tentar falar com ela para ver se ela tira essa ideia louca da cabeça. - Concordei e ela me deu espaço para entrar na casa da mulher.
- Pode deixar vou tentar conversar com ela, não se preocupe a gente demorou para aparecer aqui porque achamos melhor dar esse tempo para vocês que são da família, mas vamos ajudar ela no que for preciso. Agora vou lá falar com ela, se precisar fazer alguma coisa eu fico com ela. - Falei e a mulher concordou.
-Eu preciso ir em casa hoje a Marcela vai vim ficar com ela até a gente conseguir convencer ela a fazer a cirurgia logo. - Concordei e ela sorriu.
- Pode ir lá eu fico aqui até ela chegar. -  A mulher se aproximou e me abraçou.
- Obrigada Priscila, não sei mais o que a gente vai fazer. - Abracei ela de volta.
- Pode deixar vou falar com ela. - Esperei a mulher sair do apartamento e então caminhei até o quarto da gattaz onde entrei sem fazer muito barulho, mas ela acabou escutando e já começou a reclamar.
- Renata já falei que não quero falar com ninguém. - Disse ela e eu me aproximei da cama, liguei a luz do quarto e fechei a porta do lugar. Carol se virou na cama e me encarou, dava para ver que ela havia chorado já que seu rosto estava vermelho e os olhos inchados de chorar, o cabelo bagunçado e o rosto abatido.
- Daroit tá fazendo o que aqui? - Perguntou me olhando de cara fechada e eu me aproximei parando na frente dos pés da cama dela a encarando séria.
- Vim ver como você está, já marcou a cirurgia? - Perguntei e ela deu uma risada debochada.
- Não precisa vir aqui por pena, e não eu não marquei e estou pensando seriamente se vou fazer isso. - Falou e sua voz carregava uma tristeza que não era comum dela, a mulher que sempre foi a responsável pela maioria das nossas risadas no clube hoje estava triste, era estranho ver ela desse jeito não parecia ser a nossa Carol.
- Vai marcar sim e vai fazer o mais rápido possível para começar a recuperação o mais rápido possível e voltar já na próxima temporada, nada de ficar desistindo desse jeito. - A loira me olhou e negou, já voltando a chorar.
- Você não entende, ninguém entende meu sonho de tentar estar em Paris acabou de morrer, não vou conseguir voltar bem e não tenho chances de ser convocada não tem mais tanto tempo para jogar ainda era minha última chance e infelizmente acabou. - Se virou para a parede e eu neguei, a mulher estava destruída. Todas nós sabíamos o sonho que ela tinha de tentar estar em Paris e essa lesão acabou atrapalhando um pouco, mas não acabou com as chances dela. Caminhei até ela e me sentei ao lado dela encarando seu rosto abatido e ela chorava ali quietinha, levei minha mão ao seu rosto e tirei uns fios de cabelo que caiam em seu rosto se misturando com suas lágrimas.
- Gattaz olha para mim. - Pedi e ela abriu seus olhos e me encarou. - Eu sei que não sua cabeça deve estar martelando essa ideia que você não tem mais chances, mas se eu conheço uma pessoa que se supera essa pessoa é você. É você não pode desistir agora, marca essa cirurgia logo e vamos começar a recuperação o quanto antes para voltar o mais rápido possível e dar a volta por cima. Você pode fazer isso e eu não vou deixar você desistir sabendo que você é capaz de voltar ainda melhor, então vamos levantar dessa cama e começar a pensar na recuperação. - A loira me olhou e eu estendi minha mão para ela que agarrou.
- E se eu não conseguir voltar no mesmo nível? - Perguntou e eu neguei e sorri.
- Você não vai voltar no mesmo nível, você vai voltar muito melhor tenho certeza disso. Eu conheço você a muito tempo Gattaz quando você coloca algo na cabeça isso acontece, agora nada de pensamentos negativos vamos levantar e começar a planejar os passos da sua recuperação. - Falei e me levantei vendo ela se mexer para se sentar na beirada da cama e abaixou a cabeça encarando seus pés.
- Não sei se tenho forças para passar por tudo isso sozinha. - Comentou e eu levei minha mão ao seu ombro dando um aperto ali.
- E você não vai, estamos todas com você, sua família, seus fãs, os torcedores do minas e do Brasil estão todos torcendo pela sua recuperação. Eu vou estar ao seu lado e não vou deixar você desistir, não vou mesmo se precisar estar ao seu lado durante a cirurgia ou até mesmo no processo de recuperação eu vou estar, amigos são para isso. - Falei o mais sério e verdadeira possível, estaria ao lado dela assim como todas as nossas outras amigas também estariam.
- Tudo bem, consegue chamar a minha irmã preciso que ela me ajude chegar até o banheiro quero tomar um banho. - Comentou e eu neguei.
- Infelizmente sua irmã foi para casa resolver algumas coisas que ela precisava então estamos apenas eu e você. Vem vou te ajudar, precisa que eu te ajude no banho ou só até chegar lá? - Perguntei e ela me olhou sorrindo.
- Tá querendo me ver pelada Daroit? - Retrucou e eu dei um tapa no braço dela.
- Pelo visto já está melhor, já está até fazendo piadinhas. - Estendi minhas mãos para ela que agarrou e se levantou, me aproximei dela e passei meu braço por sua cintura dando um apoio para ela caminhar até o banheiro.
- Obrigada por ter vindo me ver. - Falou e eu neguei.
- Não precisa agradecer amigas são para isso mesmo, tenho certeza que você faria o mesmo por mim. E a gente só não veio antes porque achamos melhor dar esse tempo para você ter com sua família, mas agora estamos vindo ajudar você no que precisar. - Caminhei com ela ao meu lado até o banheiro e ajudei ela a largar a roupa para ela ali junto com a toalha.
- Obrigada Daroit, pode deixar que aqui eu consigo me ajeitar. - Concordei e me afastei indo até a porta.
- Vou deixar a porta aberta qualquer coisa você grita. - Falei e ela concordou sorrindo, voltei para a cozinha e me virei ali preparando o almoço para ela que não parecia ter comido nada hoje. Enquanto ela terminava seu banho eu fiquei ali preparando o almoço para ela e ajeitando algumas coisas no quarto dela que estava uma baderna, a cama toda bagunçada e algumas coisas jogadas pelo chão. Recolhi as roupas separadas em um canto e juntei as outras coisas que estavam jogadas ali, arrumei a cama e estava saindo do quarto quando ela me chamou.
- Pri, consegue me ajudar aqui? - Perguntou e eu corri até ao banheiro já ajudando ela a sair.
- Vem preparei o almoço para você. - Caminhei com ela até a cozinha e ajudei ela a se sentar. - Agora se vai comer enquanto eu vou dar um jeito naquela baderna que está no seu quarto. - Falei e ela me olhou e negou.
- Não precisa Pri, eu dou uma ajeitada depois. - Disse ela e eu neguei.
- Vai almoçar véia, pode deixar que eu vou fazer isso por você. - Falei e me aproximei dando um beijo em seu rosto e então me virei voltando para o quarto dela terminar de organizar as coisas ali para ela. A loira já aparentava estar um pouco melhor, a caminhada ainda séria longa até ela conseguir voltar, mas aos pouquinhos a gente ia dando uma força para ela até ela estar bem novamente.














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Sempre estarei aqui.Onde histórias criam vida. Descubra agora