Gattaz
- Sim mãe acabei de sair do avião, fica tranquila estou bem já peguei minha malinha e já estou indo para minha casa. - Falei tentando acalmar minha mãe que não estava aceitando muito bem o fato de eu ter voltado para minha casa.
- Você promete que se precisar de alguma coisa vai ligar para a gente avisando? - Perguntou me fazendo sorrir, minha mãe as vezes me tratava como se eu fosse um bebê ainda.
- Mãe eu prometo que vou avisar se precisar de algo, mas fica tranquila estou em casa não vai acontecer nada. - Falei e ela pareceu aceitar a situação, se despediu e desligou. Guardei meu celular e me virei para sair do lugar, quando me virei dei de cara com Daroit parada ali me olhando com seu sorriso no rosto.
- Priscila. - Falei e sorri vendo que ela havia cumprido sua promessa de vim me buscar.
- Oi Gattaz, vim te buscar. - Disse ela se aproximando e me abraçou apertado. - Que bom que está de volta já estava com saudade de você aqui me incomodando. - Comentou me fazendo rir.
-Estou novinha de novo. - Falei e ela gargalhou se afastando enquanto negava.
- Não, novinha não. - Disse ela e eu fechei a cara voltando a caminhar com ajuda das muletas, deixando para trás minha mala que ela ficaria encarregada de levar para mim.
- Já falei que panela velha e que faz comida boa, vocês não acreditam em, tão sempre nessa me humilhando. - Falei e ela deu risada e logo já estava ao meu lado novamente.
- Para de graça vim te levar para casa, hoje mesmo já vou levar algumas coisas minha para lá após o treino. - Encarei a mulher surpresa, achei que ela estava brincando quando disse que ia passar uns dias lá em casa comigo para me fazer companhia e não deixar eu forçar tanto meu joelho.
- Você vai mesmo? - Perguntei ela me olhou por um tempo antes de devolver a pergunta.
- Você não que minha companhia? - Neguei rapidamente quase ficando tonta de tanto balançar a cabeça negando, eu jamais reclamaria da companhia dela ainda mais sabendo que ela estava apenas tentando me ajudar e cuidar de mim.
- Não é isso, apenas tava achando que você estava brincando quando falou aquilo. - Expliquei e ela negou e abriu a porta do meu carro que ela havia pegado para ir me buscar já que ela estava sem carro. - Obrigada. - Agradeci e ela sorriu e fechou a porta assim que eu consegui me ajeitar ali no banco do carona. Esperei ela guardar minha mala e logo ela entrou no carro também, ela já estava tão abituada ao meu carro que o perfume dela já se fazia presente dentro dele aromatizando o ambiente.
- Não estava brincando, eu tava falando sério vou ficar lá com você uns dias. Sei que você vai estar sozinha e não quero você forçando demais esse joelho, e muito menos se isolando da gente. - Disse ela me olhando séria antes de se virar para ligar o carro.
- Tudo bem, vou adorar ter você lá comigo. - Falei e ela sorriu dirigindo pela cidade enquanto eu fiquei ali observando ela concentrada no trânsito. - Você está me olhando. - Disse ela me dando uma olhada de canto de olho e eu apenas sorri e desviei meu olhar do seu rosto, me virei e encarei o painel do carro e ali fiquei.
- Estava mesmo. - Confirmei e ela deu uma risada.
- O que foi que você estava me observando? - Perguntou enquanto dirigia pela cidade indo em direção ao prédio onde eu morava.
- Tudo que é bonito está aí para a gente observar. - Brinquei e ela me olhou de relance novamente, mas agora ela estava mais séria e ficou em silêncio o resto do caminho. Quando estacionou em frente ao meu prédio me apressei em abrir a porta para já ir me ajeitando para sair do carro. Me levantei com cuidado na porta do carro e peguei minhas muletas já conseguindo me afastar da porta do carro a fechando em seguida.
- Você não consegue esperar? - Perguntou Daroit me olhando ao me ver ali já de pé e eu sorri.
- Eu consigo sair do carro, tá tudo bem, não vou ficar esperando ninguém me ajudar se eu posso fazer isso. - Expliquei e ela pegou minha mala e então me olhou novamente.
- Vamos lá? - Perguntou e eu concordei, segui aos poucos até estar em frente a porta do meu apartamento. - Está com a chave? - Perguntou e eu concordei.
- Está no bolso da minha calça, consegue pegar para mim? - Pedi e ela me olhou.
- Olha é cada coisa que eu passo por ser sua minha amiga, tendo que estar pegando as coisas na sua bunda. - Falou brincando e abriu a porta me dando espaço para entrar.
- Na minha calça Daroit para de graça. - Comentei e ela riu, entrei em minha casa morrendo de felicidade de estar de volta, nada como estar na nossa casa isso é sempre o melhor lugar para estar. Caminhei com cuidado até o sofá e me sentei ali, estava com um pouco de fome mas teria que esperar até meu joelho descansar um pouco antes de levantar para ir preparar alguma coisa para comer.
- O que eu preciso trazer para a sua casa, precisamos de mantimentos já que você é preguiçosa e fica comprando as coisas tudo prontamente. Mas eu não sou assim e gosto de preparar minhas comidinhas então terei que ir ao mercado fazer compras, e já posso aproveitar e passar em casa para buscar minhas coisas. - Falou e eu concordei antes de me defender.
- Eu não sou preguiçosa, apenas não sou boa cozinhando. - Comentei dando de ombros e ela me olhou sorrindo.
- Mas não era você que falou que panela velha é que faz comida boa. - Brincou e gargalhou assim que meu rosto esquentou e eu provavelmente estava vermelha de vergonha.
- Como você é palhaça Priscila. - Falei e me levantei estava com um pouco de calor e precisava colocar uma roupa mais confortável.
- Peraí mulher eu te ajudo. - Comentou vindo me ajudar mas eu nem dei bola já saindo caminhando, mas acabei me atrapalhando sorte que ela me agarrou antes de eu ter que apoiar meu pé totalmente no chão, evitando que eu forçasse meu joelho mais do que eu podia. - Tá vendo não quer esperar a gente vir ajudar é isso que aconteceu. - Falou me segurando pela cintura me mantendo bem próxima ao seu corpo e seu rosto estava muito próximo me deixando tensão. - Para de ser teimosa e espera ajuda mulher, não pode ficar querendo fazer tudo sozinha e acabar machucando ainda. - A mulher ali me dando uma puta moral e eu encarando sua boca parecendo uma tarada, mas sua boca estava realmente muito próxima e super atrativa me deixando perdidinha, era só o que faltava para complicar ainda mais minha situação me interessar por amiga aí era o fim. - Estou aqui para te ajudar nada de ficar querendo fazer tudo sozinha, sendo que eu posso te ajudar. - Falou e levantou seu rosto me olhando nos olhos e ali ficamos nessa troca de olhares por um bom tempo, e por um momento vi que ela desceu seu olhar para minha boca antes de se afastar. - Tudo bem? - Perguntou e eu concordei.
- Eu só resvalei nada de mais, nem cheguei a pisar com tudo no chão. - Expliquei e ela concordou e me ajudou a chegar até o quarto.
- Bom eu vou ir ao mercado e buscar minhas coisas, toma cuidado. - Pediu e eu concordei antes dela se virar e sair do quarto, joguei meu corpo na cama e levei minhas mãos ao rosto isso não poderia estar acontecendo.
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