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Gattaz

Todo mundo esperando o momento que eu finalmente iria para casa após o período de observação, estava conseguindo caminhar com o auxílio das muletas e era desse jeito que eu sairia daqui, caminhando para mostrar que eu estava focada nessa recuperação. Não precisava provar nada para ninguém, apenas para mim mesma que em diversos momentos pensei em parar, pensei em desistir do meu sonho, era difícil ver algo positivo, mas eu precisava tentar até o último segundo. Me sentei na beirada da cama após receber a alta, minha mãe e minhas irmãs estavam ali me esperando para me levar para casa, junto com a médica a fisioterapeuta do lugar e a fisio do minas que havia ido me ver. Me levantei com o apoio das muletas e caminhei pelo lugar até onde estava o carro, entrei nele com um pouco de ajuda me ajeitando ali para não ficar desconfortável e então seguimos para casa. Essa semana mesmo já estaria voltando para a minha casa onde eu continuaria a minha recuperação, ali era melhor já que a fisio do minas que era já minha amiga de longa data estaria por perto me ajudando.
- Daroit já está me mandando mensagem perguntando de você. - Me virei para minha irmã quando ela falou, não estava com meu celular então não tinha como falar com a mulher.
- Ela mandou mensagem para mim antes também, mandei um vídeo seu saindo caminhando do quarto e ela pediu para você ligar assim que conseguir para ela. - Disse minha mãe e eu encarei ela, sem entender o porquê delas ainda não terem me dado meu celular para falar com a mulher ou me contado isso antes. Daroit não pode estar aqui pois tinha treino do time, mas deixou claro que assim que eu estivesse na minha casa ela iria lá me ver.
- Porque não me falaram antes? - Perguntei e elas me olharam. - Cadê meu celular, vou mandar mensagem para ela. - Pedi e minha mãe me entregou meu celular.
- Tem certeza que vocês não tem nada? - Perguntou minha mãe enquanto dirigia e eu acenei em positivo.
- De novo esse assunto gente já falei que somos só amigas. - Falei e me virei me ajeitando no banco e entrei em meu celular vendo que havia muitas mensagens de companheiras e amigas perguntando como eu estava e me desejando melhoras, mas a mensagem mais recente era da loira me avisando que estava indo para o treino e que assim que chegasse queria me ligar para ver como eu estava, respondi ela e aproveitei e respondi as outras pessoas também. Quando terminei minha mãe estava encostando em frente ao lugar onde eu estava ficando essa semana até voltar para minha casa. Desci do carro com a ajuda delas e seguimos até o andar do meu apartamento, entrei no lugar e a primeira coisa que eu fiz foi me sentar no sofá. Estava um pouco cansado da cama do hospital e de estar em um lugar onde nada parecia confortável para mim, meu joelho ainda doía um pouco se eu forçava demais então me recomendaram que eu não ficasse abusando muito. Podia caminhar sim, mas sempre com muito cuidado para evitar de uma piora acontecer e isso era a última coisa que eu queria no momento, estão faria tudo conforme havia sido combinado e orientado tanto pela médica quanto pela fisio do minas. Já tinha conversado com ela e deixado tudo combinado para começar minha recuperação, ela sabia o quanto eu estava confiante e ansiosa para essa volta e ela saberia me ajudar em tudo que eu precisasse, eu só precisava acreditar e lutar todos os dias para voltar voando.
- Está com fome? - Perguntou minha mãe e eu concordei.
- Sim estou, consegue fazer alguma coisa para mim comer? - Perdi e ela sorriu e se aproximou dando um beijo em minha testa.
- Pode deixar que a mamãe vai fazer um lanchinho para você meu bebê. - Disse ela apertando minhas bochechas.
- Obrigada mãe. - Agradeci e minha irmã se sentou ao meu lado me olhando.
- Como você é folgada, agora só porque fez uma cirurgia já quer tudo nas mãos. Se eu fosse você não fazia nada para ela mãe. - Disse minha irmã se mordendo de ciúmes.
- Como você é ciumenta. - Falei provocando ela que me mostrou a língua.
- Parem vocês duas, e você para com isso sua irmã não pode forçar muito o joelho, deixa ela em paz um pouco. - Disse minha mãe e eu sorri mandando um beijo para ela.
- Te amo mãe. - Comentei fazendo um coraçãozinho para ela, que sorriu e seguiu para a cozinha.
- Agora que estamos só nós duas aqui na sala pode me falar a verdade? - Pediu me olhando séria e eu fiquei sem entender nada.
- Que verdade? - Perguntei e ela me olhou por um tempo antes de voltar a falar.
- Não precisa esconder de mim que você e a Daroit estão tentando um caso. - Falou e eu apenas fiquei a olhando sem entender se ela estava falando sério ou era brincadeira, caralho já tinha falado um monte de vez que a gente não tinha nada e elas não acreditavam de jeito nem um.
- O gente vocês precisam tirar essa ideia louca da cabeça, não sei de onde vocês tiraram essa ideia, mas sério, não estou tendo nada com ela. Por favor parem com essas perguntas já estou cansada de toda hora voltarem nesse mesmo assunto. - Falei tentando fazer ela entender que eu estava falando a verdade, não havia nada acontecendo entre eu e a Daroit. O assunto se encerrou e logo minha mãe me chamou avisando que meu lanche estava pronto, caminhei até a mesa e me sentei já começando a comer estava realmente faminta. - Obrigada mãe. - Agradeci e ela apenas negou, quando terminei de comer meu celular tocou, mas como havia deixado ele no sofá minha irmã correu até lá buscando ele para mim.
- É a Priscila. - Falou e eu agradeci com um sorriso.
- Vou me deitar um pouco. - Avisei e sai indo até o quarto, me deitei na cama e então atendi a Daroit.
- Oi Gattaz, demorou em. - Falou me olhando séria e eu sorri.
- Eu estava na cozinha, mas resolvi me deitar um pouco então caminhei até aqui e depois te atendi. - Expliquei e ela sorriu, parecendo animada.
- Recebi um vídeo seu saindo do hospital, caminhando e tudo. - Disse ela me fazendo sorrir com sua animação. - Como está se sentindo Gattaz? - Perguntou e eu parei para pensar um pouco estava sentindo um pouco de dor, mas isso era normal.
- Estou bem, meu joelho dói um pouco estou tentando não forçar muito, mas eles falaram que é bom eu caminhar um pouco. - Falei e ela concordou mudando seu semblante para sério.
- Nada de ficar fazendo muita esforço, estou de olho. Acho que quando você voltar eu vou passar uns dias com você no seu apartamento. - Comentou me deixando surpresa. - O que acha, posso te fazer companhia já que você não vai poder sair tanto e eu não quero deixar você sozinha por tanto tempo. E ainda posso te ajudar e tomar conta de você, não deixar você forçar demais esse joelho. - Explicou seu pensamento e era uma boa ideia, eu ia gostar de ter alguém lá comigo em alguns momentos, mas também não queria atrapalhar ela.
- Não quero te atrapalhar Priscila. - Falei e ela negou rindo.
- Você nunca me atrapalha, para de bobeira vou passar uns dias lá com você. - Fiquei ali observando ela sorrir enquanto ela fazia planos para os dias que passaria lá em casa, e conversamos bastante sobre minha recuperação também.












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Sempre estarei aqui.Onde histórias criam vida. Descubra agora