𝟑, Les âmes tristes habitent ici.

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"Almas tristes habitam aqui."

Quatro semanas depois

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Quatro semanas depois.

Alemanha, Berlim.
───CAPÍTULO TRÊS───

Lá estava eu, de frente para aquele imenso hospital psiquiátrico, coberto de musgos e folhas secas que lhe rondavam. O céu estava mais escuro naquele dia, aquele nublado familiar que sempre se fazia presente em filmes aterrorizantes de terror. Alguns corvos descansavam nos galhos das árvores secas, o hospital consistia com uma cor cinza e sem vida, dando desânimo a qualquer um que olhasse para ele por muito tempo.

Era triste, talvez intencional, para continuar deixando seus pacientes cada vez mais debilitados. Havia um imenso portão de ferro à minha frente, cheio de grades e muros cinzas desgastados, extremamente altos para os pacientes não fugirem. Exatamente como eu imaginava, no meio da floresta e com nenhum sinal em meu celular.

Caminhei em passos lentos até o interfone grudado à parede de pedras, se o lado de fora não fosse tão assustador provavelmente aqui seria um bom lugar para se viver. Os sons das cigarras eram recorrentes, fora os ruídos que poderiam ser escutados de dentro da floresta, era como se fossem passos e talvez de algum animal.

Pressionei fortemente o botão do interfone, indicando que havia uma pessoa aguardando por entrar no imenso, assombroso, arrepiante hospital psiquiátrico de Zaitseva. Aquele cenário me fazia recordar de filmes góticos, o que deu-me um pico de energia, eu estava amando aquela sensação de desconforto no fundo. Era como olhar para um palácio gótico, mas incrivelmente desgastado.

── Pois não? ── ouvi uma voz feminina do outro lado.

── Ah, boa tarde! Aqui é a Rosemary Gorky. ── respondi animadamente.

── A enfermeira psiquiatra nova? ── a moça perguntou. ── Saiba que está atrasada, Rosemary Gorky. ── acrescentou me fazendo morder o lábio inferior.

── Sim, me desculpe Senhora...

── Leona Zimmer. ── não perdeu tempo em me responder. ── Enfim, espere um pouco que o Harold irá lhe buscar. ── informou após desligar e me deixar ali parada e nervosa.

── Certo, Rose... ── falei para mim mesma, segurando com força na prancheta. ── Não tenha medo, tudo irá ocorrer perfeitamente bem, você e sua mente tem cem por cento de certeza sobre isso. ── minhas mãos começaram a suar, eu estava realmente ansiosa.

Um guarda, acima do peso, estava se aproximando devagar do imenso portão de ferro. Dava para ver que ele estava murmurando coisas para si, provavelmente odiava o trabalho que tinha e estava realmente estressado por ter que me receber. Seu rosto estava inchado, indicando que ele estava tendo uma soneca.

𝗦𝗖𝗛𝗔𝗗𝗘𝗡𝗙𝗥𝗘𝗨𝗗𝗘Onde histórias criam vida. Descubra agora