Aquilo estava mesmo acontecenddo. Marilia olhava fixamente para o seu celular, enquanto estavamos no carro, indo a caminho da casa dos meus pais. Marilia aceitou tão rápido que eu acabei por ficar assustada com sua decisão, principalmente depois de ouvir sua história e agora saber que a Marilia e família tem um extremo significado. Me ajeitei na poltrona, notando que minha noiva estava provavelmente trabalhando, como sempre costuma fazer, principalmente em feriados eu presumo.
-Você sabe dirigir?
Escutei a voz dela levemente rouca, Marilia estava calma e isso poderia ser notado em sua voz. Ela estava mudada, eu não sabia explicar. Era um conforto diferent ao falar comigo, não era como se ela estivesse distante, agora ela estava mais perto do que nunca e aquilo era perfeito. Simplesmente único se eu for parar pra pensar. Ainda me sentia anestesiada por conta de sua história, de sua confiança em mim.
-Sei.
Falei e assim ela guardou seu celular e levou seu olhar a mim. Agora Marilia vestia uma calça cor creme, em seus pés botas de cor negra com saltos e um sobre tudo que cobria um suéter mais escuro, do qual era novidade para mim no quesito vestimenta.
-Então porque não tem um carro?
Ela perguntou, me fazendo olhar pra ela surpresa. Eu sabia dirigia, havia feito o exame de direção ano passado, e passei de primeira, surpreendendo meus pais e Diana, que levou dois meses pra conseguir passar. Mas o que mais deixou a todos surpresos, foi eu não querer um carro. Não me levem a mal, eu detesto dirigir.
-Eu não gosto de dirigir. Meus pais até tentaram me dar um carro no ano passado, mas eu me neguei a aceitar.
Falei enquanto via minha noiva balançar a cabeça em concordância e sorrir. Marilia nem percebeu quando me aproximei dela e me escorei em seus braços, causando uma reação mais que fofa da mesma. Ela passou o braço pelo meu corpo, me puxando mais pra ela e acariciou meu ombro.
-Ja que não gosta de dirigir, irei arrumar um motorista particular pra você. Naturalmente vai ter dias em que eu não vou poder estar com você, então preciso colocar alguém da minha confiança ao seu dispor
Apenas afirmei, não iria discutir com ela em relação a isso. Não depois do que aconteceu com o Fernando, na verdade eu havia tomado noção de como minha vida séria arriscada e a de pessoas a minha volta também. Marilia foi bem clara e específica sobre o porquê da sua família ter morrido, me fazendo entender que me casando com ela eu estava diretamente ligada as suas ações. Contudo, ela também pareceu deixar claro sua reação posição e não era difícil notar que não havia apenas crueldade no ato de matar o Fernando e sim uma forma dela querer respeito, já que deixar um homem tocar em sua mulher seria um enorme sinal de fraqueza, Marilia havia sido clara com poucas palavras, mas suas ações e acontecimentos do seu passado me deixavam mais certa de que sua conveniência comigo era mais o papel de eu estar em sua posse.
-No que tanto pensa em Maih?
Ela chamou minha atenção, me fazendo perceber que agora eu olhava para o nada fixamente, tornei meu olhar para ela, fazendo meu corpo inteiro arrepiar, afinal estar diante daqueles olhos castanhos era pressão demais e ao mesmo tempo um privilégio que só eu poderia aproveitar da forma que merecia.
-Em você, nas coisas que me contou. Sua vida e sabe... Sobre a parte oculta também.
Logo Marilia assentiu, chamando minha atenção para seu nariz torcido, mas foi um gesto tão suave, que em pouco tempo sua expressão neutra já havia voltado, tão rápido quanto havia saído.
-Não pretendo envolver você nesse lado meu, assim como meu pai evitava que minha mãe participasse dessa parte da sua vida, mas tenho total consciência que te pondo em meu caminho, arrisco sua segurança e a da sua família -Ela disse e fez uma breve pausa e continuou -Mas não tenho medo algum em relação a isso. Venho protegendo toda a sua família e sei até quem é o catarrentinho que fez dupla com a sua irmã num trabalhinho sobre o natal
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My Domme (G!P)
FanfictionManhattan, Nova York. Maiara Pereira faz parte de uma família bem rigorosa tendo ela fortuna e tudo o que quer , ela só precisava fazer algo em troca.... Obedecer nossa jovem Pereira percebe que obedecer seus pais pode ser seu maior desafio, poi...