°•°Minha Pequena Nee-Chan - Parte 2°•°

95 14 20
                                    

A manhã seguinte se iniciou com um dia belo e ensolarado, sem uma única nuvem no céu. De dentro do quarto de Lucy, era possível até mesmo ouvir os pássaros cantando do lado de fora, alegremente desejando "bom dia" á todos os que pudessem ouví-los.

A loira, sendo adornada por um calor aconchegante ao seu redor, despertou levemente. Abriu ambos os olhos castanhos e piscou algumas vezes para acostumar-se com a claridade, percebendo, então, a janela aberta com as cortinas ondulando pela leve brisa que soprava. Não se lembrava de tê-la deixado escancarada daquele jeito na noite anterior...

A noite anterior... Gaia adormecida... O apartamento... Natsu dormindo no chão...

No chão...

Foi quando tomou consciência de que o calor que a cercava não era por conta do clima daquela manhã, mas sim pelo braço agarrado possessivamente á sua cintura. Sentiu, em suas costas, o corpo de alguém que ela conhecia muito bem praticamente colado ao seu, e isso despertou em si vários sentimentos diferentes: desde o medo de ele acabar acordando, á extrema vergonha de estar naquela situação constrangedora.

Talvez, lá no fundo, bem no fundo mesmo, ela gostasse de acordar assim... Mas jamais admitiria isso. Nem para si mesma.

No entanto, nada disso inibia os sentimentos conflitantes dentro de si. Tentou se desvencilhar do aperto, mas isso apenas fez com que Natsu a apertasse mais contra si.

Tudo piorou quando sentiu a respiração quente dele em sua nuca. Ah, o arrepio que sentiu foi capaz de deixar todos os pêlos de seu corpo eriçados.

"Que vergonha, que vergonha, que vergonhaaaaaaaaa!!!!!!" , Ela pensou, derramando lágrimas de desespero á medida que seu rosto tomava quinhentos tons diferentes de vermelho.

Foi quando ouviu, de repente, o som de uma panela caindo na cozinha. Isso foi o bastante para ela se esquecer de Natsu e da situação horrível em que se encontrava: simplesmente pulou da cama, se desvencilhando de uma vez do aperto do rosado. Acabou caindo no chão no processo, mas não se atreveu á gritar. Sabia que isso acabaria acordando o Dragon Slayer, e por algum estranho motivo, dessa vez não queria que ele acordasse. Sabia que não conseguiria olhá-lo nos olhos, tamanha era a sua timidez.

Não sabia como ele era capaz de fazer todas aquelas coisas com ela sem nunca ter segundas intenções. Francamente...

Chacoalhando a cabeça para voltar á situação atual, olhou ao redor. Tudo parecia estar nos conformes, á primeira vista... Nada fora do lugar, Happy e Crystal continuavam dormindo profundamente no sofá, algumas peças de roupas de Gaia jogadas displicentemente pelas almofadas...

Opa.

As roupas da maga elfa estavam ali, mas... Onde ela havia ido parar?

Lucy sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo, pressentindo que alguma coisa estava terrivelmente errada. Ouviu novamente algo cair na cozinha e deu um pequeno pulo de susto. Com as mãos firmemente postas sobre suas chaves douradas na cintura, ela caminhou com extrema cautela até o arco que separava a cozinha dos restantes cômodos.

Arregalou os olhos com o que viu.

As cadeiras estavam jogadas em diferentes cantos. Os armários estavam todos abertos. Sacos de biscoitos recheados estavam completamente expostos em cima da mesa e, em cima de uma das cadeiras, de pé, se encontrava uma pequena garotinha trajada com uma camisa branca de linho, tão larga que parecia um saco de batatas. Seus cabelos eram negros e escorridos e suas orelhas pontudas eram irreconhecíveis para Lucy... No entanto, a garotinha diante de si tinha olhos brilhantes e curiosos, uma expressão inocente no rosto infantilizado, além da sujeira de biscoitos de chocolate espalhada por suas bochechas. Ela encheu a boca com vários deles, mastigou e engoliu, e só então percebeu a presença da loira no recinto.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 27, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Feelings of an Elf - Fairy TailOnde histórias criam vida. Descubra agora