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Capítulo 3

Wei Ying  CONSEGUIU passar o resto do dia sem deixar transparecer o abatimento.
Alimentara a esperança de que Lan Zhan  pudesse ter sentido algo por ele, mas o sonho acalentado fora esmagado com muita eficiência. Lan Zhan não poderia ter deixado mais claro que não queria nada com ele ou com seu mundo endinheirado. Lan Zhan  não
acreditara que ele precisava trabalhar.
Bem, na verdade, era um ômega rico.
Mas ao menos poderia ter lhe dado o benefício da dúvida.

Descobrir que ele era o temido L.Z não fora propriamente um choque. Aquele homem com certeza honrava a fama que possuía. Mais tarde, descobrira que L Z é  como era chamado pelas pessoas daquela região, e por aquelas com quem fazia negócios. Podia entender porque os Ballenger
detestavam recebê-lo ali.

Wei Ying  lamentava a hostilidade que ele demonstrara, porque a primeira vez em que o vira, sentira uma ternura entre os dois que ele jamais havia
experimentado. Mas devia ter sido unilateral, decidiu, tristonho.

Bem, disse Wei Ying  a si mesmo, enquanto tentava dormir naquela noite, era melhor parar de se lamentar e se concentrar em seus próprios problemas.
Possuía uma boa cota deles, sem ter de acrescentar mais o formidável sr.
Lan à fórmula.

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Mas o destino parecia estar
conspirando contra ele. No dia seguinte, decidiu experimentar uma nova lanchonete  e se deparou com Lan Zhan   quando se sentou e pousou a bandeja na mesa.

O olhar furioso que recebeu seria capaz de fazer congelar o inferno. Ao que parecia, Lan Zhan  havia acabado de comer a refeição e estava tomando os últimos goles de café. Wei Ying  girou a cadeira de modo que não ficasse virado na direção dele e, com as mãos trêmulas, retirou a comida da bandeja.

– Deixei claro, ontem. – Lan Zhan  disse por sobre seu ombro. – Que não gosto de ser perseguido. É surdo?

O chicote na voz grave a atingiu em cheio. Pior que isso, as palavras agressivas ditas em tom alto atraíram a atenção dos demais clientes que lotavam a lanchonte.

O rosto de Wei Ying  se tornou rubro. Os olhos cinzas arregalados se arriscando na direção de Lan Zhan , apenas para encontrar o brilho da fúria nos dele.
– Não sabia que iria encontrá-lo aqui… – começou ele, constrangido.

– Não? – Lan Zhan  desafiou, com um sorriso que por si só era um insulto. – Não reconheceu meu carro no estacionamento? Desista, debutante.
Não me agrada ter ricos enfadados me perseguindo. Entendeu?

Com isso, ele girou e deixou a lanchonete. Demasiado humilhado com a indesejada atenção que despertara, Wei Ying  mal tocou na comida e partiu rapidamente para o trabalho.
Perseguindo-o!, resmungou
ele, enquanto inseria os dados no
computador. Nem ao menos sabia o tipo de carro que ele dirigia. Vira-o apenas naquela picape cinza velha, no dia em que o conhecera. Será que ele esquecera? Talvez Lan Zhan  tivesse concluído que ele vira seu carro, durante sua visita à fazenda de engorda. Mas não era verdade.
Quanto mais o conhecia, menos gostava dele e jamais o perseguiria.
Nisso, Lan Zhan  podia apostar!

Na tarde seguinte, Abby surgiu com um convite.
– Calhoun e eu temos de comparecer a um baile de caridade esta noite. Sei que está meio em cima da hora, mas gostaria de vir conosco?

– Acha que há alguma possibilidade de eu encontrar meu tio nessa festa? – Wei Ying  perguntou.

– Acho pouco provável. – Abby respondeu com um sorriso.
– Vamos. Tem estado triste, será bom para você.

Pode ir de carro conosco e lá quero apresentá-lo a um homem muito agradável. Solteiro, bonito e rico o suficiente para não se importar com sua fortuna.
– Uh, o sr. Lan…?

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