Tarde demais

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Sol? Foi a primeira coisa que o argentino pensou assim que abriu os olhos, ele estava em seu quarto, com uma roupa leve e confortável, uma camiseta branca larga, e um shorts azul marinho, que logo percebeu que era seu pijama e coberto. Se sentou na cama com cuidado tentando lembrar da noite anterior, olhando para os lados, reconheceu que era mesmo o seu quarto. E olhou para o lado fitando a cômoda ao lado de sua cama, visto que havia um remédio para ressaca, um copo de água, sua coroa e seu celular. Acabou optando por tomar o remédio, pensando que iria fazer despertar. Se levantou da cama indo em direção ao banheiro, e olhando-se para o reflexo do espelho, ele não estava com cara de acabado, mas sim, com cara de quem realmente tivesse acabado de acordar. O rosto inchado, os olhos pequenos, os cabelos naturalmente ondulado, assim, acabou lavando o rosto. Oque realmente fez o desperta-lo e lembrar de algumas coisas.

Lembrou da discussão que teve com o brasileiro, lembrou de ter experimentado um monte de bebida, e enquanto estava tentando se lembrar de mais algumas coisas, saindo do banheiro, pulou tomando um susto quando viu alguém deitado na espécie de sofá-cama  que havia na janela, bem estilo americano. Quando chegou mais perto, percebeu que era somente o brasileiro...

SANTA MIERDA (puta que pariu) OQUE O LUCIANO ESTAVA A FAZER AQUI, e assim que começou a ligar os pontos, ficou com medo do que pode ter acontecido, visto que ainda não se recordava de absolutamente tudo, começou a entrar em Pânico, e assim, pulando em cima do brasileiro que ainda estava a dormir.

-  !¿ QUIERO QUE ME EXPLIQUES AHORA QUÉ HACES AQUÍ, POR QUÉ ESTOY USANDO ESTA ROPA, POR QUÉ ESTÁS USANDO ESE ROPA?! (quero que me explique agora oque está fazendo aqui, porque estou usando essa roupa, e porque você está com essa roupa?!) - Disse o argentino se referindo ao pijama que o Brasileiro estava também, o segurando seus ombros e o chacoalhando. Por acidente, sentando um pouco mais em cima do seu colo do que deveria.

O brasileiro simplesmente ficou imóvel, usando o braço para tampar o rosto, esperando  o argentino se acalmar com sua crise de pânico.

- ¡¿JODER POR QUÉ NO ME RESPONDES?! (Porra por que você não está me respondendo?!) - Disse o Argentino chacoalhando ainda mais, o que resultou que seus corpos acabassem se encaixando cada vez mais.

- NÃO FODE MARTÍN, COMO VOCÊ QUER QUE EU RESPONDA SE VOCÊ ESTÁ LITERALMENTE REBOLANDO EM CIMA DE MIM?! - Retrucou o brasileiro, com sua primeira fala do dia, sendo o retruco de uma discussão com Martin.

No mesmo instante que está frase saiu da boca de Luciano, Martín olhou para o espelho no teto, percebendo como eles estavam. Perfeitamente encaixado entre as pernas grossas do moreno, e assim que se deu conta de que algo estava o incomodando em sua região baixa, deu outro salto do sofá em que o brasileiro estava deitando, assim saindo e indo para o banheiro.

Nunca viu seu rosto tão vermelho em toda a sua vida, oque Martín estava pensando quando resolveu pular em cima de Luciano. Porém, mais uma vez, agradeceu que alguém tenha separado uma muda de roupa e uma toalha para o Argentino, oque significava que o mesmo não precisaria sair do quarto para pegar uma muda de roupa e toalha, assim indo diretamente para o seu banho.

Estava lavando seu cabelo tranquilo, quando escutou batidas vindo da porta.

- Martín, fecha o box porque eu preciso mijar! - Exclamou o brasileiro dando sinais que entraria em breve. Quando realmente entrou, e por sorte, (ou não), o box embaçado do argentino já estava fechado.

- Caralho Luciano, não tem como você ser mais delicado?! - Exclamou o argentino reclamando pela falta de educação logo pela manhã.

- Disse o mesmo que estava se esfregando em mim até a uns minutos atrás! Porra, nunca teve uma ereção matinal não caralho?! - Falou o brasileiro irritado, certamente ele não era uma pessoa matinal, e provavelmente sempre acordava puto e emburrado desse jeito. - E fica mais foda ainda quando você acorda com alguém diretamente sentado nela! - Falou mais uma vez, iria jogar isso na cara do argentino pelo resto da vida.

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