Oito
Os dias subseqüentes transcorreram em clima de mais harmonia. A trégua, porém, não eliminara a atração sexual que Regina sentia a cada vez que Robin se aproximava. O fato de ele ter reconhecido que essa atração existia e que era mútua a deixava tensa.
Não havia como negar que os olhares que cruzavam eram carregados de paixão. O comportamento de ambos, no entanto, era mais do que adequado. Durante o dia, Robin a tratava como a qualquer outro empregado do rancho. Era a noite ou durante uma ou outra refeição que o magnetismo se tornava mais patente.
Regina se repetia centenas de vezes que era um alívio que nenhum dos dois agisse pelo instinto. Mas, lá no fundo, ansiava por sentir a pressão daqueles lábios mais uma vez sobre os seus.
Apesar do que estava se passando, ela não podia deixar de pensar também em Logan Willians. O rapaz estava se insinuando. Mais de uma vez a tocara sem qualquer necessidade durante o trabalho. Regina o tratava com frieza para desencorajá-lo a outros avanços. O que não imaginava era que sua atitude o inflamava ainda mais.Afastou a idéia de procurar Robin a respeito. Uma mulher, que precisava de um protetor contra seus colegas de trabalho, deveria procurar uma outra ocupação. Além disso, apesar de Logan só estar no rancho havia algumas semanas, já havia sido alertado com relação a seu comportamento. Mais um pouco de paciência e ela se veria livre dele.
Disposta a terminar logo a última tarefa daquele dia, Regina entrou no barracão à procura de um barbicacho. Estava escolhendo um entre cerca de meia dúzia, quando sentiu o primeiro arrepio que anunciava mais um ataque de pânico.
Ultimamente, seus ataques estavam frequentes e seguidos de pesadelos.
Começou a respirar fundo.
Estava quase se dominando quando ouviu a porta do barracão se fechar e Logan avançar em sua direção com os olhos semicerrados.
— Saia daqui, Willians — ela ordenou.
As paredes pareciam girar ao seu redor. Seu coração batia tanto que chegava a sufocá-la. Desesperada para sair daquele lugar, pegou o primeiro barbicacho que lhe veio à mão. Mas quando tentou passar por Logan, ele ergueu o braço e encurralou-a contra a parede.
— Por que tanta pressa, doçura?
— Tenho um trabalho a fazer — ela o empurrou, Logan deu uma risadinha e tirou o braço de sua frente.
De repente, porém, agarrou-a pela cintura.
Assustada, Regina o acertou com o objeto que segurava. Logan deu um grito e se encolheu de dor, mas recuperou-se a tempo de arremessar o corpo contra a porta que ela quase conseguira abrir.
Ela sabia que caíra em uma armadilha.A claustrofobia, porém, a apavorava mais do que a ameaça representada por Logan.
Não conseguia respirar.
O pouco ar que chegava a seus pulmões era insuficiente para diminuir a pressão em seu peito.
Interpretando seu momentâneo silêncio como rendição, Logan segurou-lhe o rosto e se inclinou para beijá-la. Não podia esperar pelo soco que o atingiu em plena boca, mas ainda assim não a soltou. Unhou-o nas mãos, mas o único resultado que obteve foi o de enfurecê-lo ainda mais. No instante seguinte, Logan estava tentando derrubá-la.A luta foi tão breve quanto violenta. Quando deu por si, Regina estava sendo empurrada contra uma parede. O impacto que sofreu na cabeça fez com que sua visão escurecesse e que a boca de Logan esmagasse a sua.
Gemidos abafados lhe escaparam da garganta conforme sentia que ele mordia seus lábios e tentava introduzir a língua em sua boca. Tentou empurrá-lo e, subitamente, ele pareceu voar para trás.
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Quando te conheci
FanfictionÀs vezes as estradas que percorremos pela vida não são aquelas que sempre idealizamos, as vezes o destino tem dessas surpresas, tem desses tropeços que nos fazem perder completamente as rédeas de nossa estrada. Regina Mills perdeu completamente o c...