catch me if you can

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Cidade de Seul, 10h30

— A senhora sabe se ele gosta disso? — Namjoon questionou enquanto pegava uma pelúcia de dragão rosa na prateleira.

— Acredito que não. Ele é viciado em rosa, mas não a esse nível. — Minyeon o respondeu enquanto colocava outro objeto de volta na prateleira.

Haviam passado duas semanas desde o ocorrido de Seokjae, o mesmo foi sentenciado a 30 anos de cadeia por xenofobia, lesão corporal e tentativa de homicídio. Jin e sua mãe nunca tiveram tanta paz.

Hoje era a saída do moreno do hospital, e, coincidentemente, também era o dia de Bianca sair do hospital. E a mãe de Seokjin levou Namjoon para que escolhessem um presente para ele e para sua irmã.

— Eu vi que ele ouve Lana del Rey, mas não achei nada dela para dar de presente. — O loiro diz baixo enquanto analisava as prateleiras.

— Por favor, não faça isso. Eu não aguento mais ver a cara daquela mulher no quarto dele. — Minyeon disse em desespero, arrancando uma risada de Namjoon.

Ele havia escolhido uma pequena pelúcia de coelho para a Bianca, tentando achar algo do mesmo nível para Seokjin.

Avistou uma pelúcia branca que se parecia com uma lhama, ela era fofinha e tinha um pequeno lenço vermelho em seu pescoço. Namjoon a pegou imediatamente. Era essa.

Começou a imaginar os olhinhos redondos alegres em ver o presente que iria receber, mas seus pensamentos foram interrompidos por um policial que tocou seu ombro direito.

— Senhor Kim Namjoon? — O homem fardado questionou. Namjoon se virou um pouco assustado.

— Sou eu.

— O departamento de polícia de Seul recebeu uma denúncia anônima de que o senhor é um imigrante ilegal, e que está usando uma identidade falsa. — O policial disse enquanto puxava as algemas da cintura.

Não foi uma denúncia anônima. Namjoon sabia muito bem quem havia feito aquilo.

— Namjoon? Está tudo bem, querido? — Minyeon questionou ao ver o homem fardado conversando com Namjoon.

O loiro não respondeu, apenas se deixou ser levado pelo homem que parecia ter o triplo de seu tamanho.

Toda ação tem uma reação.

[...]

Cidade de Seul, 12h25

— Vejo que estão bem melhores. — O médico disse ao adentrar o quarto de Seokjin e ver ele e Bianca brincando de pique-pega.

— Ah, estamos sim. — O moreno parou ao ver o doutor ali, sentindo uma mãozinha lhe tocar a perna seguido de um risinho de criança. — Ei! Isso não vale!

O médico responsável pelos dois sorriu com a cena, assinando a ficha de cada um dada como alta.

— Vocês já estão liberados. Podem trocar de roupa no banheiro. — Disse enquanto saía do quarto.

[...]

— E o que nós vamos fazer depois daqui? — Bianca questionou enquanto segurava a mão de Seokjin.

— Acho que a minha mãe vai vir buscar a gente. Você gosta de sorvete?

— Gosto!

— Nós podemos tomar sorvete na minha casa.

A menina sorriu alegremente, imaginando o tanto que iria brincar com o novo amigo.

Jin estranhou ao ver o desespero em que sua mãe estacionou o carro e andou rapidamente até si.

Salvatore || N.JOnde histórias criam vida. Descubra agora