O meu ceo.

42 (Capítulo novo)

- Marina Narrando -

Depois da vergonha passada, da Alice e do Anthony ter me flagrado com o Alek no sofá, acordei ele pra ir embora e ele saiu me puxando até o carro dele, me enfiou lá dentro e agora tá dirigindo calado.

— Você sabe que isso é sequestro, né? — falo olhando pra estrada.

— Pode chamar a polícia, depois de uma conversa eles me darão razão. — Ele diz e eu solto uma risadinha.

— Pra onde tá me levando? — Pergunto.

— Você vai saber quando a gente chegar. — ele diz e eu assinto quietinha.

— Obrigada por ontem, eu não sei se teria conseguido... - falo sincera.

— Eu entendo a reação do Lucas, mas jamais teria te deixado daquele jeito. — Ele diz e continua... — Entendo que ele tá com raiva e quando ele pôr a cabeça no lugar, ele vai voltar e aí sim você vai ter que tomar sua decisão, por enquanto, eu fico do seu lado e o futuro a Deus pertence.

— Eu também entendo a reação dele, porque pra ele parece que eu brinquei com os sentimentos dele, mas eu juro pela vida da Alícia que nunca foi minha intenção. Eu gosto dele de verdade, só que você... — Vejo que falei demais e fecho a boca.

— Eu o quê? Completa a frase, Marina. — Ele diz sem tirar os olhos da estrada.

— Você chegou, Alek. Você nem pediu licença, saiu chutando a porta... Eu tô muito confusa, mas você sabe que eu... — Quando vou completar a frase o meu telefone toca.

— Acho que a cabeça de alguém já esfriou. - Alek fala com um sorriso de canto.

Pego meu telefone e vejo no visor "gatinho".

— Oi Lucas. — falo ao atender e coloco no viva-voz.

— Eu só liguei pra dizer que eu te entendo, Marina. Te peço desculpas pela minha reação, mas a minha reação foi sincera. E também liguei pra dizer que não vou ficar no caminho do Alek. — Lucas diz e eu o interrompo na hora.

— Mas Lucas, eu... — Tento falar mas ele não deixa.

— Eu não nasci pra ser segunda opção de alguém, Marina. Ele foi o seu primeiro amor e eu fui o estepe que ficou no lugar até ele voltar, não vou me prestar a esse papel, eu espero que você entenda. Toda sorte do mundo pra você, saiba que eu te amei de verdade Marina, mas isso não foi o suficiente. — Ele diz e meus olhos se enchem d'água.

— Isso não é pra terminar assim, Lucas. — Falo com a voz embargada.

— Isso é pra terminar do jeito que está terminando, Marina. O destino uniu vocês novamente e eu não vou ser maluco a ficar no caminho. Boa sorte pra vocês. - Ele diz e desliga.

— Eu entendo, eu juro que eu o entendo, mas isso não era pra terminar assim! — Falo com raiva e enxugo as lágrimas teimosas que caem.

— Você quer que eu fale algo ou fique quieto? — Alek pergunta e sinto minha cabeça rodar.

— Fale. — falo.

— Como eu disse, eu entendo o Lucas, mas eu não me sinto a segunda opção, eu não me sinto que fui escolhido só porque ele desistiu, juro pra você. Eu sei que você tá confusa e que ama os dois ou gosta dos dois, só que eu sei que isso poderia acontecer com qualquer um e te conhecendo do jeito que conheço, você não desistiria dele rápido assim se fosse ao contrário. — Ele fala e realmente, eu não desistiria fácil assim de quem eu amo, de quem eu disse que amo.

— Tá tudo bem, Alek. Se você também se sentir como se tivesse sobrado e quiser me deixar, pode ir também. Eu sempre me virei sozinha e agora não seria diferente. - Falo.

— Eu disse que iria embora? Você ouviu o que eu falei, Marina? Eu não vou desistir do seu amor, não sou maluco. Você sempre foi minha e vai voltar a ser minha. - Ele fala sério e vejo ele parar em frente o orfanato que moramos juntos. - Aos velhos tempos, lembra?

— Como esquecer? — falo com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso de recordação.