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- Marina Narrando -

Não consigo focar em nada, minha mente não raciocina e eu mal trabalho.

Desde que o Alek apareceu, eu não consigo pensar em mais nada. Minha mente travou e simplesmente não funciona!

Meus olhos não saem do relógio e assim que dá 13h vejo a porta do elevador se abrir e ele vir na minha direção.

Meu Deus!

- Tá preparada? - Ele pergunta se debruçando no balcão.

- Vou pegar minha bolsa. - Falo e pego minha bolsa, desligo meu computador e aviso pras meninas que vou almoçar.

Caminhamos em completo silêncio até uma cantina italiana e eu não sei o que fazer. Então, apenas caminho em direção aonde a recepcionista nos leva.

Ele nos encaminha para uma mesa afastada e então nos sentamos.

- Prato do dia e um suco de maracujá forte. - É a única coisa que eu falo para o garçom.

- O mesmo que o dela. - Alek fala e eu consigo sentir meu coração pulsando muito forte. - Será que podemos conversar agora?

- Podemos. - Falo.

- Você sabe que eu fui embora, mas eu não queria né. - Ele fala e eu assinto.

- Você era uma criança, Alek. Você não tinha muita escolha. - Falo.

- E porque você tá assim tão distante? Parece até que eu tenho alguma do que aconteceu. - Ele fala e eu respiro fundo me ajeitando na cadeira.

- Sabe o que acontece? Você chega achando que nada mudou, que eu continuo a mesma pessoa de anos atrás, você chega achando que vamos namorar, noivar e casar, eu tenho um relacionamento agora, Alek. Eu tenho uma vida. - Falo, fiquei inconformada o jeito que ele falou comigo, "Isso não é um pedido"... Não é um pedido uma ova!

- Me perdoe se eu fiz alguma coisa que te magoou, Marina. Só que pra mim nada mudou, seja lá com quem você estiver se relacionando, pra mim NADA mudou, você continua sendo minha loirinha com bochechas rosadas, Marina. - ele diz com um sorriso no rosto.

- Eu não sou a mesma pessoa. - falo.

- Eu sei, você passou por muita dificuldade na sua vida e eu tenho muito orgulho de você, você se tornou uma mulher maravilhosa, parabéns Marina. - Ele diz e eu apoio minhas mãos na mesa.

- Obrigada. - Respondo.

- Como anda a vida? O que você fez depois que saiu do orfanato? - Ele pergunta e eu respiro fundo.

Conto tudo pra ele e ele ouve tudo atentamente.

- Você foi muito corajosa. - Ele diz e encosta sua mão na minha, me causando arrepios.

- Alek. - falo o seu nome e respiro fundo.

- Marina... - Ele diz dessa vez segurando a minha mão e fazendo um carinho.

- Alek... - Tento falar, mas não consigo.

- Você sabe que fomos feitos pra ficar juntos, o destino nos uniu novamente, minha garota. - E então ele me chama pelo apelido carinhoso a qual ele me chamava no orfanato.

Merda! Isso mexeu comigo em todos os sentidos.

- Eu tenho uma pessoa, Alek. - Falo tentando resistir a tudo isso.

- Você o ama? - Ele me pergunta e eu não sei o que responder, então apenas olho pro prato vazio a minha frente.

- Marina??? O que tá acontecendo aqui?? - Ouço a voz de Lucas e na hora tiro minha mão da mão do Alek e o encaro.

Seu rosto é indecifrável e ele parece não acreditar.

- Será que alguém pode me explicar? Quem é você? O que você tá fazendo com a minha mulher? - Ele fala tudo muito rápido e eu só consigo pensar, MULHER DE QUEM???

-Alice Narrando -

Depois que a apresentação acabou, Anthony nos levou em um restaurante.

Coloco a Alícia na cadeirinha alta e ela pede pra ficar do lado dele.

- Você estava linda, princesa. - Ele diz e ela faz carinho na barba dele.

- Obigada titio. - Ela diz rindo.

- Estava linda mesmo, meu amor. Tá ansiosa pra ficar na casa do titio? - Pergunto e ela assente sem parar pra gente.

- Eu quelo toma banbanho de pixininha e bicar no corrego que o titio copou. (eu quero tomar banho de piscininha e brincar no escorrego que o titio comprou). - Ela fala.

- Você não vai acreditar no que o seu melhor titio fez. - Anthony fala e eu ergo uma sobrancelha sem entender, pois nem eu sei o que ele fez.

- O que titio? - Ela pergunta animada e um pouco alto demais.

O garçom chega com os nossos pedidos, um macarrão bolonhesa pra Alícia, um parmegiana pra mim e um risoto pro Anthony.

- Eu fiz um quarto rosa só pra você. Um quarto inteiro só pra você. - ele fala e eu pisco três vezes não acreditando.

- Você fez o que???? - Pergunto.

- Eu fiz um quarto rosa pra minha princesinha. - Ele fala apertando a bochecha da Alícia.

- EU QUELO O QUATINHO DE ROSINHA!!! - Ela dá um grito e bate palmas, todo mundo olha e Anthony ri.

Senhor!

- Tem uma cama enorme rosa, muitos unicórnios, muitos ursos... - Ele fala e eu fico sem acreditar.

- Você sabe que ela não vai morar lá, né? Sabe que é só uma semana. - Falo e ele dá de ombros e eu tomo um gole do meu suco.

- O quarto vai ser dela pra sempre, pois iremos nos casar e ser felizes juntos. - Ele fala tranquilamente e quase cuspo o suco.

- Vamos o quê? - Pergunto quase me engasgando.

- O titio vai vilar meu papai, mamãe? - Alícia pergunta e me engasgo na hora.

- Só se você quiser, princesinha. - Anthony responde por mim e eu não consigo nem respirar enquanto me engasgo.

Ele bate devagar nas minhas costas e ri, o que tá acontecendo??? É um complô contra mim???

(***)

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