lost.

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𝐚𝐮𝐭𝐡𝐨𝐫𝐬, 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟  𝐯𝐢𝐞𝐰.
48 hours 'til christmas morning.

— Me solta! Eu posso processar vocês! — A morena se debatia enquanto dois seguranças enormes arrastavam ela para fora do aeroporto

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— Me solta! Eu posso processar vocês! — A morena se debatia enquanto dois seguranças enormes arrastavam ela para fora do aeroporto.

— Não, não pode. — Os dois falaram em uníssono, suspiraram pesado e voltaram para os seus postos.

Perdida, era assim que Ana Flávia se sentia. Sua mãe ficaria decepcionada se ela não conseguisse chegar a tempo da manhã de Natal, era tradição passar todos da família juntos, durante anos foi assim. A garota não queria quebra-lá logo no primeiro ano em que foi morar sozinha em Washington.

— Manhã ruim? — A garota levou um susto ao escutar a voz soar atrás de si, e rapidamente se virou, vendo um garoto moreno sentado na calçada, vestido de ajudante do Papai Noel.

— Dia ruim. — Ela passou as mãos no rosto de forma irritada, e observou o modo como o garoto estava vestido. — Você por acaso foi enviado pelo Papai Noel para me dar uma carona no trenó? — Perguntou esperançosa, até porque, qualquer ajuda seria bem vinda nessa altura do campeonato.

— Ha, ha, ha! — O garoto soou irônico revirando os olhos e se levantou. — Me expulsaram, eu estava tentando ganhar um dinheiro para tirar fotos com as crianças vestido de duende. — Explicou colocando as mãos dentro do bolso da calça verde.

— Hoje é o dia das expulsões. — A garota comentou olhando suas malas no chão. — Me chamo Ana Flávia.

— Gustavo. — Falou simples. — O que aconteceu? — Fez um aceno de cabeça em direção as malas da garota.

— Perdi o voo.

— Isso não é o suficiente para ser expulsa. — O moreno franziu o cenho.

— É, mas bater na aeromoça, sim. — Disse sem graça. — Eu só queria um lugar no próximo voo para Palm Springs. — Choramingou chutando uma pedrinha no chão.

— Existe ônibus, sabia? — Perguntou irônico após soltar uma risada um tanto quanto sarcástica.

— É, eu sei ajudante do Papai Noel que caiu do trenó! — A garota revirou os olhos e cruzou os braços. — Eu nunca peguei ônibus de viagens. — Confessou.

— A princesinha tem medo? — Zombou.

— Que bom que expulsaram você! É o pior duende do Papai Noel possível! Acabaria com o espírito natalino das crianças. — Retrucou irritada.

— Eu não gosto do Natal. — O garoto deu de ombros. — Eu sou ator, e a única saída que eu arrumei nessa época do ano é ser a porcaria de um duende. — Suspirou pesado.

— Podia se esforçar um pouco mais, não acha? — Perguntou irônica. — Desse jeito não consegue ser nem duende em pracinha de shopping.

— Ah ok, falou a garota que perdeu a única chance que tinha de encontrar a família nesse feriado idiota.

— Argh! Chega!

Tudo que ela menos precisava era se irritar mais do que já estava, e pior ainda, se irritar com alguém que nem ao menos reconhece a importância do Natal e das tradições que vem com esse feriado. Ela teria que arrumar um jeito de chegar até Palm Springs, se tem algo que Ana Flávia Castela não é de fazer, é desistir.

— Beleza, estamos os dois com problemas, nós podemos fazer um acordo. — Gustavo sugeriu colocando as mãos no ar em rendição.

— Não quero nada que venha de você! — Disse ela raivosa dando um passo para trás.

— Ok então, boa sorte em pegar o ônibus errado e acabar tendo o pior Natal da sua vida. — Ele tirou chaves de um carro do bolso e encolheu os ombros, logo se virando para ir embora.

— Espera! — Ela reagiu com medo de estragar o final de ano. — Qual é a proposta? — Engoliu a seco, ansiosa, e com medo.

O garoto sorriu vitorioso ainda virado de costas para a morena menor, e enfim tornou a olha-la com presunção.

— Eu não me importo com o Natal, mas você sim, eu tenho um carro, e você não sabe andar de ônibus, então... — Encolheu os ombros rodando a chave do carro no dedo indicador. — Eu te levo até Palm Springs, e em troca, você me paga. — Falou simples.

— Tipo, quantos dólares?

— Tipo, duzentos dólares.

— O quê? Eu nem conheço você! E isso é muito caro! — Protestou a morena negando com a cabeça.

— Boa sorte, princesinha. — Falou cínico e já se virou para ir embora outra vez.

A cabeça da garota estava a mil, sua mãe sempre lhe disse para nunca pegar carona com estranhos, mas talvez se ela optar pelo ônibus, a sua mãe não teria mais filha. E Gustavo não parecia o tipo de pessoa perigosa, quem fica ameaçador vestido de duende?

— Está bem, você venceu. Eu pago.

 Eu pago

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𝙞𝙩'𝙨 𝙘𝙝𝙧𝙞𝙨𝙩𝙢𝙖𝙨 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora