𝐚𝐮𝐭𝐡𝐨𝐫𝐬, 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰.
38 hours 'til christmas morning.Após o momento conturbado na descida da montanha, Gustavo parou o carro em um estacionamento de um café. Ali os dois abaixaram os bancos e dormiram, precisavam disso, o dia anterior tinha sido horrivel para ambos. Ana Flávia acordou assustada com o barulho. Percebendo que a manhã já havia chegado.
— Gustavo, acorda, já amanheceu. — Ela cutucou o moreno que se remexeu no banco.
— Eu tive um pesadelo horrível. — Murmurou abrindo os olhos e se sentando enquanto coçava os mesmos. — Ah não, não era pesadelo não, é a realidade. — Suspirou.
— Nem me fale. — Ela murmurou ainda sonolenta. — Que tal descermos, e tomarmos um café?
— Vamos, estou morrendo de fome. — Ele assente com a cabeça. — Vai querer algo do porta-malas?
— Minha necessaire. — Ela respondeu enquanto saía do carro.
Não havia nada pior para Ana Flávia do que não poder fazer sua rotina matinal. Poder tomar um bom banho, comer um bom café da manhã e ficar despreocupada o resto da manhã. Mas não era isso que estava ocorrendo nesse momento.
— Minhas costas estão me matando. — Gustavo reclamou entregando a necessaire dela e fechou o porta-malas.
— Não bate com muita força, vai que o carro todo quebra. — Ela brinca e ele repreende ela com um olhar. — Ok ok, parei.
— Lembra quando você falou da neve? — Ele suspirou trancando o carro. — Vamos. — Apontou para do estabelecimento.
Gustavo se sentou ao lado da Ana Flávia e suspirou cansado. Fizeram seus pedidos à garçonete e aquele silêncio constrangedor que Ana Flávia mais odiava, reinou outra vez.
— Gustavo. — A morena chamou sua atenção e ele direcionou seu olhar à ela. — Por que não gosta do Natal?
— Não é que eu não goste, só não vejo sentido, sabe? Minha família nunca foi de fazer tradições ou algo do tipo, Natal lá em casa é como um dia qualquer de sempre, então nunca vi sentido nessa data. — Ele deu de ombros dando um gole no seu café.
— Isso é triste. — Ela comentou e ele fez uma expressão de que não se importava muito. — Sabe, minha família é bem clichê quando se trata do Natal. A filha mais nova coloca a estrela no topo da árvore, fazemos biscoitinhos natalinos na manhã de Natal, e enfeitamos a casa inteira. — Contou lembrando dos momentos bons com um sorriso no rosto. — Você iria gostar.
— Nunca tive esses momentos com a minha família. Eu saí de casa cedo, para seguir o meu sonho de ser ator, mas nunca consegui nada muito grande que possa abrir portas maiores para mim.
— Olha, eu nunca vi você atuando, mas acho que leva jeito para o negócio. — Ela solta uma risada fraca. — Sua família é grande? — Ela apoiou seu cotovelo na mesa, e descansou seu rosto em sua mão, ficando mais interessada em conversar e conhecer ele melhor.
— Bom, minha mãe, meu pai, eu, meu irmão Arthur, meu outro irmão Felipe, e minha irmã Letícia. — Contou abrindo um pequeno sorriso. — E a sua?
— Bem, meus pais, Vini o meu irmão mais velho, eu, o Gabe, a pequena Antonela, e minha mãe está grávida de pouco tempo. Não sabemos se é menino ou menina. — Ela encolheu os ombros. — Muito obrigada por estar me ajudando a chegar até Palm Springs, de verdade.
— Ah que isso, eu percebi o quanto você gosta do Natal e como queria passar ele ao lado da sua família, eu não poderia negar ajuda.
— Foi muita gentileza da sua parte, nem parece que é o mesmo duende rabugento que eu conheci ontem. — Ela comentou, arrancando uma gargalhada sem graça dele.
— Desculpe por aquilo, eu estava bravo por ter sido expulso. — Explicou e ela assentiu. — Você já percebeu que na nossa viagem muitas coisas deram errado, mas ainda estamos aqui, persistindo?
— Sim, acho que 0 caminho vai ser assim até o final. — Ela soltou uma risada tímida que vai fazer quando chegarmos lá.
— O que vai fazer quando chegarmos lá?
— Bem, talvez aproveitar um pouco as garotas de biquíni e voltar para casa. — Deu de ombros. — Não tenho motivos para permanecer muito tempo lá.
— Entendi. — Ela murnurou pensativa. — Acha que o carro aguenta até lá?
— De maneira alguma. — Negou com a cabeça rindo. — Teremos sorte se ele aguentar até Las Vegas.
— Que onda de azar. — Suspirou brincando com os ovos mexidos no seu prato, evidentemente frustrada com tudo.
— Relaxa, nós vamos dar um jeito. — Gustavo tentou reconforta-la passando a mão em suas costas, fazendo ela abrir um pequeno sorriso.
— Isso é culpa sua, Papai Noel está nos castigando por você não estar no espírito natalino. — Brincou ela, fazendo o garoto rir assentindo com a cabeça.
— Com certeza. Sonhei que havia caído do trenó e as renas do Papai Noel zombavam de mim. — Ele entrou na brincadeira.
— Esse está sendo o melhor momento da viagem. — Ela comentou e terminou de tomar o seu chocolate quente.
— Pensei que o melhor momento seria quando chegássemos lá e você se livraria de mim. — Ele arqueou uma das sobrancelhas, fazendo a garota perceber o que havia dito, e corar violentamente. — Enfim, vamos indo, temos muita estrada pela frente ainda. — O garoto reprimiu o sorriso que queria esboçar com as palavras da garota, e mudou de assunto.
Gustavo nunca tinha tido um Natal bom, porque como ele mesmo disse, o dia de Natal na casa da sua família sempre foi como qualquer outro dia. A rotina não mudava e nada vinculado a data adentrava a sua casa, muito menos o espírito natalino. E por mais estressante que fosse a viajem, ele guardaria cada momento na mente. Uma lembrança do melhor Natal de sua vida, pois, apenas com a boa companhia, ele já sentia que o Natal esse ano seria diferente.
Mais tarde, quando chegaram em Las Vegas, o carro simplesmente parou, como Gustavo já havia prevenido. O automóvel era velho, e estava em péssimas condições, e agora vinha mais um problema na viagem deles.
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𝙞𝙩'𝙨 𝙘𝙝𝙧𝙞𝙨𝙩𝙢𝙖𝙨 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎
Fanfiction▌╰╮ 𝐈𝐓'𝐒 𝐂𝐇𝐑𝐈𝐒𝐓𝐌𝐀𝐒 • # !! a miotela fanfiction~ #* > © ! + ~l 𝗽𝗿𝗼𝗻𝗴𝘀𝘀𝘁𝘆𝗹𝗲𝘀 𝗼𝗻𝗱𝗲 ana flávia precisa da ajuda de um estranho para salvar seu natal. + 𝗮𝗻𝗮 𝗳𝗹𝗮𝘃𝗶𝗮 | ❝ você por acaso foi enviado pelo papai noel para...