rented car.

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𝐚𝐮𝐭𝐡𝐨𝐫𝐬, 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰.
38 hours 'til christmas morning.

— Vamos lá, quantos anos você tem? — Ana Flávia fez mais uma pergunta, evidentemente, tentando se distrair da situação decadente

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— Vamos lá, quantos anos você tem? — Ana Flávia fez mais uma pergunta, evidentemente, tentando se distrair da situação decadente.

— Você não fecha a boca um segundo, sempre? — Gustavo suspirou. Ele estava cansado, com frio, com fome, e agora, com dor de cabeça.

— Qual é, vamos ter que passar mais... — A morena olhou o relógio em seu pulso. — Trinta e oito horas juntos, acho legal nos conhecermos.

— Sabe o que eu acho legal? — Gustavo fez uma pergunta retórica olhando em direção dela. — O silêncio, não acha?

– Você é insuportável! — Ela esbravejou e ficou emburrada, sua feição dizia tudo, ela só queria estapear aquele moreno cínico até a manhã de Natal. Mas sabia que esse sonho não seria possível. — Então vamos ficar assim? Trinta e oito horas em silêncio?

— Sim. — Ele deu de ombros. — E respondendo sua última pergunta, eu tenho 26 anos. — Falou dando ênfase no "última".

Ana Flávia não estava fazendo por mal, ela só não gosta de ficar naquele silêncio absoluto, e como eles teriam que passar muito tempo juntos ainda ela queria se enturmar um pouco mais. Ela nunca saberia chegar até o local esperado de ônibus.

— Olha, a loja do Lenny! — Ana Flávia apontou para o local, um pouco mais entusiasmada.

Quando ambos olharam para o local, a placa de metal escrito "Lenny's" acabou caindo. O lugar era uma espelunca. Por uma fração de segundos Gustavo chegou a achar que o doce velhinho tinha feito uma brincadeira de mal gosto com eles, pois ele se perguntava como um lugar desses forneceria um aluguel de carro.

— Caminhamos treze quilômetros pra isso? — Ana Flávia murmurou desanimada.

— Calma, essa é a nossa única esperança vamos lá. — Gustavo falou apertando os puxadores das duas malas que carregava, e assim os dois caminharam até o estabelecimento.

Cada passo mais perto do lugar, mais Ana Flávia reparava no quão deplorável estava a "loja". Se o lugar era assim, imagina os carros que iriam oferecer para os dois.

— Oi, você deve ser o Lenny. — Gustavo abriu um sorriso cansado quando entrou na sala onde tinha um homem sentado atrás de uma mesa, lendo revista em quadrinhos.

— Não, sou Dary. — O homem sorriu abaixando a revista, enquanto Ana Flávia lutava na porta tentando passar as malas pela mesma.

— Tem certeza disso? — A morena perguntou mal humorada, fazendo Gustavo suspirar pesado ao seu lado.

— Eu tenho. — O homem respondeu, um pouco em dúvida? — Comprei a loja do Lenny. — Explicou se levantando. — E isso veio com a loja! — Apontou para o macacão com um crachá bordado "Lenny".

𝙞𝙩'𝙨 𝙘𝙝𝙧𝙞𝙨𝙩𝙢𝙖𝙨 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora