- filha eu e seu pai queremos conversar com você, esteja no nosso escritório em cinco minutos.- fala minha mãe com a voz que só ela faz quando está brava.
- oh mãe tenho escola- grito eu do meu quarto,nem um pouco afim de encarar eles novamente.
- você vive faltando, não estou brincando quero você lá, entendeu?
Quando você se tem uma mãe assim é melhor obedecer, pego meus fones e nem me olho no espelho ,desço do jeito que estou,ainda com a roupa do dia anterior.- podem me dizer o que aconteceu? - pergunto chegando no escritório, e me sentando em uma cadeira perto da janela.
- e isso são modos de se vestir?- pergunta meu pai. E então me olho pela primeira vez, estou com um mine short e uma blusa que diz " foda- se o mundo". Ele já devia ter se acostumado com meu estilo. Apenas reviro os olhos e digo:
- pai não enche, vamos digam o que tem para falarem comigo. Tenho milhões de coisas para fazer, e dentre elas não inclui um sermão.
- como durmir e comer? Porque ultimamente é só o que você faz.- diz meu pai, olhando fixamente pra mim.
- tá vendo Gared, como nossa filha nos trata.- diz minha mãe
- e querem que eu trate como? -pergunto- mamãe? Papai? Vocês sabem muito bem que eu não mimo ninguém, eu não sou nenhuma princesa, posso sair? - minha vontade era de sair pela rua e procurar um lugar onde eu pudesse revelar o meu eu.- e o castigo que vocês me dera, do silêncio absoluto? Acabou?
- não, não tem como esquecer, o diretor nos ligando e dizendo que você estava vandalizando a escola- fala minha mãe, mostrando desgosto- eu não esperava isso de você May, não esperava mesmo.
- o assunto não é esse ou é?- pergunto- porque se for, eu não vou ficar aqui, escutando o blá-blá de vocês.
- não, eu e sua mãe pensamos muito, muito mesmo e decidimos que você vai para um internato.- diz meu pai na maior cara lisa- você mudou muito May, está na hora de aprender a viver.
- o que????- pergunto sem entender nada- internato? Porque? -falo sentido minhas pernas ficarem bambas, tudo menos isso. Eu tenho ódio de escolas, imagine as que você tem que viver, morar , eu estava com uma vontade louca de quebrar tudo, de dar o fora dali, de poder entrar em meu quarto e desabar, como sempre acontecia.
- a escola se chama SCHOOL STAMP WHIT THE PEACE. E mocinha nem tente gracinhas lá, são treinados pra esse tipo de comportamento- diz ele, vendo que eu estava levantando lentamente e tentando sair sem que caísse no chão- arrume suas coisas, você parte amanhã, é para o seu próprio bem.
Quando já estava chegando na escada meu pai fala o mais alto que pode.
- amanhã as oito esteja pronta, e não tente passar por cima de minha ordem - eu não respondi uma palavra,apenas continuei seguindo pra meu quarto, sabia que meu dia estava acabado, ou melhor minha vida,eu sentia ódio, misturada com tristeza.
- merda, merda, merda,merda, merda - comecei a dizer, assim que chego em meu quarto, me sentando encostada na porta.
Eu sabia que não havia mais como eu ficar , conheço meus pais, e ,quando eles colocam algo na cabeça.
Fiz a primeira coisa que veio na minha cabeça. Liguei pra ela, meu porto seguro, Honor.
Ligação on
- Ho, vem aqui, corre, eu preciso de você- digo já sem conseguir segurar as lágrimas.
- tá to chegando meu amor, o que aconteceu?
-tudo.
Ligação off
Quando ela chega eu me abraço com ela e passo o resto do dia assim. Honor era minha única amiga, nunca tinha me abandonado, nunca fez nada pra me deixar triste, era sempre assim, ela sempre me ajudava, eu tinha tão pouco pra dar e ela sempre muito, realmente os opostos se atraem.
Acabei pegando no sono ali mesmo, no colo de Honor, esquecendo todos os meus problemas, esquecendo que amanhã eu iria partir.
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The start
Teen Fiction"ficar perto de você é como sangrar lentamente até a morte" o destino costuma nos enganar, brincando conosco da forma mais perversa, e estranha. Está sempre mudando o rumo da nossa história, mudando nossos sentimentos, a cada dia estamos diferentes...